O movimento do PDT, de explicitar uma aproximação com o PT para a composição de uma chapa de centro-direita para disputar a prefeitura de Caxias do Sul, se confirmado, fecha um espaço para o MDB, e desde já estreita esse espaço. O partido segue recebendo novos filiados, em especial ex-tucanos. Na foto acima, o presidente do MDB local, Carlos Búrigo, e o ex-governador e ex-prefeito José Ivo Sartori, abençoam o ingresso na sigla do ex-vereador Zoraido Silva, ex-PTB e que atualmente estava sem partido, e do ex-presidente tucano Ozório Rocha, em encontro na sexta-feira (15/12).
As recentes filiações comprovam que o partido busca se fortalecer para a disputa eleitoral, com a perspectiva de protagonismo, mas vê a via da parceria com o PDT se estreitar.
Impedimento político
Nesse novo cenário, sobram ao MDB caxiense a candidatura própria, com Sartori ou um nome novo, a parceria com o PSB, como nas eleições recentes, ou coligar com a chapa do Governo Adiló, emprestando o candidato a vice, que, nesse caso, tem o vereador Felipe Gremelmaier como nome preferencial. Essa última alternativa, que tem recebido muitas apostas no ambiente eleitoral, reproduz a parceria que está à frente do governo no Estado, com Eduardo Leite (PSDB) e Gabriel Souza (MDB), mas conflita em cheio com a determinação do partido estadual e retira protagonismo do MDB, o que é praticamente um impedimento político.
Em agenda da série de encontros Mobiliza 15, realizada em outubro em Caxias do Sul, e no Congresso Estadual do MDB, em 4 de dezembro, na Assembleia, líderes estaduais e locais do partido convocaram Sartori a concorrer à prefeitura de Caxias do Sul. Sartori não respondeu, e tem se movimentado com cautela.