Depois de a quarta-feira (31/7) ser dia de impasse a ser resolvido com a concessionária CSG (Caminhos da Serra Gaúcha), em torno da instalação de um conjunto de sinaleiras no acesso a Forqueta, junto à RS-122, em Caxias do Sul, a quinta colocou os transtornos no acesso ao bairro Planalto em evidência. Na Câmara, o assunto voltou ao debate na apreciação de uma moção de apoio ao término das obras, de autoria do vereador Lucas Caregnato (PT) e subscrita por outros 12 vereadores. A moção foi aprovada por unanimidade, em meio a uma forte bateria de críticas ao governo por parte vereadores vinculados a candidaturas de oposição.
No início de julho, a empresa SUV Empreendimentos solicitou rescisão do contrato. A prefeitura abrirá nova licitação. Com o trânsito interrompido na entrada do bairro, foi implantado canteiro de concreto na BR-116 no trecho da obra, dificultando ainda mais o acesso. Diante da paralisação dos trabalhos e da indefinição sobre a retomada, os moradores solicitaram reabertura do acesso pela Avenida Marcopolo, que foi liberado pela prefeitura. Porém, a partir de então, o excesso de pó passou a ser um tormento.
A obra havia iniciado em novembro de 2023 e há praticamente todos os serviços por serem executados (nota abaixo). Se na quarta o prefeito foi a Forqueta, nesta quinta ele esteve no acesso ao Planalto. Foi conferir o cenário, que está difícil para moradores e comerciantes. O pó tem sido o principal transtorno. Além da reabertura do acesso principal e de um tapa-buraco paliativo realizado pelo município, agora a Secretaria de Obras inicia a instalação de bocas de lobo e meios-fios. Após, a Codeca irá colocar uma capa asfáltica e, até lá, as vias do acesso estão sendo molhadas com caminhão-pipa (foto acima). A situação é bem caótica.
– Gostaríamos de estar aqui hoje inaugurando essa obra. Mas infelizmente a empresa que venceu a licitação não conseguiu cumprir o contrato. Somos solidários com as pessoas, estamos promovendo melhorias para amenizar esses transtornos – explicou-se Adiló.
O agravamento da situação levou moradores até a Câmara nas sessões de terça e quarta-feira para pressionar por uma solução rápida. Nesta quarta, eles levaram faixas para o plenário (foto acima).
Falta muito a ser feito
Na Avenida Marcopolo, foram feitos serviços de drenagem e terraplenagem. Faltam ainda a substituição de meios-fios em alguns trechos, execução de passeios públicos e canteiros e conclusão do sistema de drenagem e sinalização viária. Na BR-116, o sistema de drenagem foi iniciado em uma das pistas e precisa ser concluído. Sobre a pavimentação na rodovia, estão pendentes a remoção parcial do canteiro central, execução da alça de acesso, fresagem, repavimentação asfáltica, novos passeios e sinalização viária. O relatório é da própria prefeitura. O investimento do município será de R$ 4,7 milhões.