O primeiro relato sobre a agenda da numerosa caravana regional ao Ministério da Saúde para buscar atualização do Teto MAC (recursos da União para média e alta complexidade) e para colocar à disposição da comunidade os novos leitos do Hospital Geral (HG) fala que “o pleito está bem encaminhado e prestes a ser resolvido”. Foi o relato de informação atribuída a um secretário do ministério, que estava reunido com a ministra Nísia Trindade. Em teoria, é uma notícia razoável, pois ainda precisa se confirmar, uma sinalização favorável.
Não foram informados valores, mas se disse que é “muito próximo do que está sendo pleiteado”. O que está sendo pleiteado, e constou de demanda encaminhada no início de maio pelo governador Eduardo Leite em mãos à ministra Nísia, é R$ 84 milhões/ano, ou R$ 7 milhões/mês, a título de atualização do Teto MAC para Caxias, o que significa que esse valor seria incorporado ao que é repassado ao município e poderia cobrir o custeio da ampliação do HG.
Ocorre que há uma premência que foi apontada pelo vereador Juliano Valim (PSD) em recente sessão da Câmara. Disse ele:
– Nós temos que ter prazos, datas.
A lembrança de Valim é essencial. Saúde é questão premente. Há cirurgias e exames represados e até espera para internações, redundando em suspensão de cirurgias eletivas, medida anunciada pela prefeitura há duas semanas para priorizar urgências. Hoje, a prefeitura deve anunciar “medidas para aprimorar o atendimento na rede de saúde”, diante do cenário que está colocado. E prazos precisam, sim, ser cobrados, para que o impreciso conceito “prestes a ser resolvido” ganhe uma materialidade . “Prestes a ser resolvido”, por enquanto, não é uma resposta concreta.
As necessidades da saúde em Caxias seguem agudas e prementes. São bem concretas.
– Não tem como esperar – disse o prefeito Adiló Didomenico na reunião no Ministério da Saúde.
O retorno obtido em Brasília pela caravana regional segue vago. Tomara se materialize nos próximos dias.