A visita do presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira em Caxias do Sul e Bento Gonçalves, é histórica para a região. Afinal, é a visita de um chefe de nação. Neste momento da institucionalidade, questões políticas ficam de fora. É importante porque prestigia e vem conhecer uma linha de pesquisa da Universidade de Caxias do Sul (UCS) que desembocou no grafeno e na UCSGraphene, planta de pesquisa e produção comercial do produto. É emblemático que a agenda central do presidente seja na principal universidade, dando atenção à pesquisa. Bolsonaro dedica, com sua visita, atenção especial a Caxias e a uma região que votou maciçamente nele em 2018.
O presidente vem em um momento conturbado de seu governo. É alvo de denúncia de corrupção e da CPI da Covid e convive com o desgaste relativo às polêmicas e à condução da vacinação e à elevação do preço dos combustíveis. Em contraponto, seu governo anunciou esta semana a extensão do auxílio emergencial por mais três meses, o que é uma boa notícia.
Ao mesmo tempo, o horizonte de 2022, com as primeiras pesquisas, já se vislumbra. Esse é o contexto de sua vinda. Bolsonaro costuma ir para o enfrentamento de todas essas questões, inclusive com jornalistas, em momentos tensos como o atual, ao mesmo tempo em que mantém a proximidade com seus apoiadores.
Existe a expectativa de que possa abrir espaço a esse contato em Caxias. Ao mesmo tempo, que o ambiente de uma cidade e de uma região que o apoiaram em massa para a Presidência possa garantir a ele a tranquilidade para conferir o que a Serra Gaúcha tem para mostrar e ouvir as demandas da região. Por fim, que Bolsonaro use máscara e atenda a expectativa do prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, sobre esse ponto importante da visita:
– Eu entendo que ele deveria dar o exemplo – disse o prefeito.