A semana que passou foi marcada pela mobilização de empresários da Serra em Brasília para apresentar as principais demandas de um dos polos industriais mais importantes do país. Uma comitiva, liderada pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) e Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs), esteve reunida com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, além de secretários do Ministério da Economia e bancada gaúcha.
Além dos presidentes e membro das diretorias das entidades, integrantes das famílias que comandam as duas maiores empresas de Caxias do Sul também foram pessoalmente conferir o andamento de um dos principais pleitos para a retomada da economia, a agenda de reformas. O CEO das Empresas Randon, Daniel Randon, voltou com uma impressão favorável:
— Sobre a reforma tributária, muitos estão falando em "fatiar" ela, aprovando em partes. E a reforma administrativa também estão trabalhando para viabilizar — destacou à coluna.
Daniel Randon acrescentou que é preciso diminuir o tamanho do Estado para não ter risco de aumento de impostos, e disse que simplificar a tributação já ajudaria o país.
Mauro Bellini, presidente do Conselho de Administração da Marcopolo, também considerou produtiva a agenda considerando que seu caráter institucional.
— Basicamente contatamos vários representantes para dizer que nós, empresários, estamos apoiando e solicitando que as reformas andem, tanto a administrativa quanto a tributária. Colocando que elas são importantes para o Brasil. Acredito que a visita foi produtiva porque mostrou nossa posição em relação a isso — informou à coluna o também vice-presidente de indústria da CIC, Mauro Bellini.
O presidente da CIC, Ivanir Gasparin, disse que as visitas foram importantes também em termos de articulação empresarial justamente por reunir as forças das entidades, além de Marcopolo e Randon. Segundo o presidente, muitas portas foram abertas e questões enfrentadas pelas indústrias, como preço e falta de matérias-primas, também foram apresentadas.
Joarez Piccinini, diretor institucional da CIC e das Empresas Randon, destaca que as reformas são essenciais para garantir investimentos que vão fazer com que o Brasil volte a ter câmbio favorável e outras condições que podem ajudar, até mesmo, a regular o mercado e os preços de importantes insumos, como o aço. Também integraram a comitiva o presidente do Simecs, Paulo Spanholi, e o diretor institucional das entidades e da Marcopolo, Ruben Bisi.