Adriana Antunes
Hoje é o Dia Internacional da Mulher. É um dia de reflexão. É um dia de luta. É também um dia em que o capitalismo, por meio do comércio, distorceu a história e o transformou em sinônimo de celebração do feminino e da feminilidade. A cada mulher que ganha uma rosa ou presente neste dia reforça-se a ideia patriarcal de que é necessário reafirmar na mulher seu lado delicado e passivo. Claro que isso é algo que permeia o subjetivo e que quando dito assim, sem firulas, pode causar estranhamento. Mas eis aí uma maneira engenhosa de normatizar nossa feminidade. E tenho a clareza de que muitas mulheres me lerão e balançarão suas cabeças em negativa, dizendo que não é bem assim. Isso só demonstra que ainda temos um longo caminho pela frente.
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