A rede municipal de saúde de Passo Fundo deve disponibilizar 20 mil testes rápidos para dengue nos próximos dias. A aquisição dos testes é feita por licitação e o processo de compra está em estágio final. Atualmente, o município não conta com testes rápidos na rede pública — a coleta é feita por amostra de sangue e encaminhada ao Laboratório Central do RS (Lacen), em Porto Alegre.
Apesar do andamento da licitação, ainda não há data prevista para a chegada dos itens. Uma vez disponíveis, os testes devem acelerar o diagnóstico de pacientes que chegam às unidades de saúde com sintomas da doença. A detecção rápida do vírus permite administrar os remédios de forma mais ágil, além de tornar mais precisa a contabilização de casos na cidade.
— As amostras coletadas hoje são feitas entre o sexto e trigésimo dia do início dos sintomas na Vigilância em Saúde e encaminhadas ao Lacen. Os pacientes são testados e notificados, uma vez identificado o caso suspeito. Com a chegada dos testes rápidos, a coleta é feita até o quinto dia de sintomas e será coletado nas unidades básicas de saúde — disse a coordenadora de Recuperação à Saúde, Caroline Gosch.
Em caso de resultado positivo, o caso de dengue é confirmado imediatamente. Se o resultado for negativo e o paciente tiver sintomas, será necessário encaminhar a amostra ao Lacen para nova análise, explica Gosch.
Combate à dengue
A compra dos testes rápidos faz parte de um pacote de medidas de combate à dengue lançado pela prefeitura de Passo Fundo em fevereiro, que inclui a intensificação do trabalho dos agentes de endemia, treinamentos com servidores da saúde e reforço nos medicamentos disponíveis para tratamento da doença.
Quem tiver interesse pode realizar o teste rápido pela rede privada. As farmácias disponibilizam a testagem, mediante agendamento, com valores entre R$ 39,90 e R$ 79,90.
De acordo com atualização da Secretaria Estadual da Saúde desta segunda-feira (8), Passo Fundo tem 359 diagnósticos confirmados de dengue, além de 847 casos em investigação e 1,8 mil notificações. O RS já chega a 57 óbitos pela doença, sendo a maioria nas regiões Norte e Noroeste.