Depois de 12 dias de angústia e preocupação, Márcia Andreia de Almeida, moradora de Seberi, no norte do Estado, deu à luz às filhas gêmeas, nessa quarta-feira (23). Maria Cecília Almeida Mazzonetto e Maria Luiza Almeida Mazzonetto nasceram às 17h30min, no Hospital de Clínicas, de Passo Fundo.
Maria Cecília, que nasceu com 2,150kg e Maria Luiza, com 2,250kg, estão nos berços. Para surpresa da família e equipe médica, as recém-nascidas não precisaram ser internadas na UTI Neonatal. As meninas, que nasceram prematuras com 34 semanas, vieram ao mundo saudáveis e sem riscos. Maria Luiza, por ter tido complicações durante a gestação, está tomando soro, mas apenas como forma de prevenção, por estar com a glicose baixa.
Márcia tinha uma gravidez de risco e foi preciso entrar na Justiça para ser transferida para um hospital com suporte de UTI neonatal. Foram duas semanas até conseguir dois leitos no hospital de Passo Fundo. A mamãe também passa bem.
O pai das recém-nascidas, Rafael Mazzoneto, é só alegria:
— Eu não tenho nem palavras. Não tem nada igual no mundo que possa descrever o que estou sentindo. Depois de tudo que passamos, pegar elas no colo, bem e saudáveis, não tem explicação — diz o pai emocionado que relata que as meninas devem permanecer por mais uma semana no hospital até receberem alta.
Relembre o caso
Grávida de gêmeas, Márcia descobriu que estava com uma gravidez de risco. Diante das complicações da gestação, percorreu inúmeras vezes mais de 170 km de Seberi até Passo Fundo para tratamento. Na sexta-feira (10), Márcia deu entrada na Fundação Hospitalar Pio XII, em Seberi. Lá ela foi informada que deveria ser transferida para uma casa hospitalar com suporte de UTI Neonatal, já que a gravidez era de risco.
Foi preciso entrar na Justiça e, somente depois de 24h, ela foi transferida para Chapecó, em Santa Catarina. Como a instituição é particular, os custos ficariam a cargo do Estado. O valor para a internação da gestante e dos recém-nascidos pelo período de 30 dias foi estimado em R$ 1,2 milhão. O parto na instituição catarinense estava previsto para acontecer na terça-feira (21).
Contudo, três dias depois, após nova determinação judicial, houve nova transferência, dessa vez para Passo Fundo. Quando a gestante deu entrada no Hospital de Clínicas de Passo Fundo, a família foi informada de que as vagas eram de emergência, denominadas “vaga zero”. Em função disso, a equipe médica passou a adiar o parto, em razão de não ter leito disponível para as bebês.
Na quarta-feira (22), mais de uma semana depois de ter sido internada na casa de saúde, a família foi informada que duas crianças iriam dar alta ainda durante a manhã e dois leitos seriam liberados. À tarde Márcia entrou em trabalho de parto dando à luz às gêmeas.
GZH Passo Fundo
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