Por Nadja Hartmann, jornalista
Se depender da discussão prévia, o projeto da vereadora Regina Costa (PDT) que propõe maior rigor na contratação de empresas terceirizadas pela Prefeitura será aprovado por unanimidade. Durante o debate, a vereadora foi parabenizada pela iniciativa e até pelo líder do governo, vereador Gio Krug (PSD).
Segundo a vereadora, atualmente a Prefeitura possui cerca de 1.000 funcionários terceirizados, sendo que os contratos com as empresas estão encerrando no final do ano. Diante disso, pediu pressa na tramitação do projeto, para que possa valer para os próximos contratos. A dúvida que paira é quanto a constitucionalidade do projeto...
Crime licitatório
Ainda sobre contratos envolvendo empresas terceirizadas e poder público, a deputada Luciana Genro (PSOL) acionou o Ministério Público por possível crime licitatório de uma empresa contratada pelo governo do Estado e que possui funcionários terceirizados nas escolas estaduais de Passo Fundo, nos serviços de merenda e limpeza.
Além do atraso de salários, foi levado ao MP denúncias em relação aos exames admissionais. A parlamentar já havia denunciado a empresa em maio e em julho deste ano por atrasos nos salários das funcionárias terceirizadas em Passo Fundo e chegou a acionar o Ministério Público do Trabalho. A Secretaria de Educação respondeu sobre os atrasos em Passo Fundo, alegando não haver pendências por parte do governo em relação aos pagamentos.
Novo nome
O Hospital Comunitário de Carazinho, seguindo a tendência de muitos hospitais do Estado, aprovou em assembleia geral nesta quarta-feira (6) a mudança do nome da instituição para Hospital de Clínicas de Carazinho.
Segundo o presidente Jocélio Cunha, o reposicionamento da marca faz parte de um novo ciclo de modernização do hospital, que atualmente possui 600 funcionários e um corpo clínico formado por 200 médicos.
Jocélio, que durante a assembleia foi reeleito para mais uma gestão, destacou os investimentos de mais de R$ 20 milhões nos últimos três anos em melhorias estruturais e novos equipamentos no hospital. Ainda neste ano deve ser inaugurado o novo setor de endoscopia, com uma área de 500m², obra custeada com 80% de recursos do município e 20% da instituição.
Para o início do ano que vem, está prevista a inauguração da nova recepção/internação e restaurante, com um investimento de R$ 5 milhões, viabilizado através de uma emenda do deputado Márcio Biolchi (MDB).
Mais remendos
E no apagar das luzes de 2023, o Plano Diretor de Passo Fundo deve receber novas alterações, aumentando os remendos no que já virou uma grande colcha de retalhos. Em audiência pública na manhã desta quinta-feira, os vereadores trataram de duas matérias, sendo que uma delas, do executivo municipal, tramita em regime de urgência, e propõe a criação de zonas para empreendimentos e modificação na planta de zoneamento atual.
Até em função do horário marcado para a audiência pública, às 9h, infelizmente houve pouca participação da comunidade.
Mudanças climáticas
A semana também foi marcada por outra discussão fundamental para o futuro da cidade e que envolve diretamente o Plano Diretor, até porque não tem mais como pensar o crescimento do município sem levar em conta os impactos das mudanças climáticas.
Foi esse o assunto de uma reunião promovida pela Comissão de Patrimônio e de Desenvolvimento Urbano da Câmara (CPDUI) na última quarta (6), com integrantes da Comissão sobre Mudanças Climáticas de Passo Fundo. A pauta envolveu a criação de políticas públicas de mitigação de riscos e o plano de enfrentamento municipal.
Na reunião, que contou com a presença de integrantes do executivo municipal, como o secretário do Meio Ambiente, Rafael Colussi, vereadores cobraram a implementação de políticas públicas permanentes, para além de governo. Segundo o secretário, a comissão está trabalhando em um diagnóstico e acompanhando as alternativas que estão sendo encontradas em outras cidades.
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