Considerada a Capital Nacional do Churrasco desde 2021, Lagoa Vermelha representou o prato típico gaúcho no extremo norte do Brasil durante a Expoacre 2024.
Com 27,6 mil habitantes, a cidade é conhecida pelo churrasco feito com espeto de madeira, brasa e cortes distintos, como o "chapéu de bispo" e a linguiça campeira.
Na capital acreana, Rio Branco, o evento aconteceu de 31 de agosto a 8 de setembro e contou com uma amostra autêntica da iguaria do Rio Grande do Sul através de quatro assadores do CTG Alexandre Pato.
O grupo chegou no Acre em 30 de agosto e regressou a Lagoa Vermelha na manhã desta terça-feira (10).
Essa é a segunda viagem ao estado que fica na região da Amazônia e faz fronteira com Peru e Bolívia. No ano passado, um grupo de churrasqueiros do CTG também viajou à feira para apresentar o legítimo churrasco gaúcho.
Conforme o patrão do CTG, Evandro Ferreira, o grupo faz parte da equipe permanente de assadores da entidade e foram selecionados de acordo com a disponibilidade para viajar.
— Para produzir o churrasco, nossa equipe utiliza carne lá mesmo do Acre, que é de muita qualidade e excelente para o churrasco. Para fazer uma iguaria típica de Lagoa Vermelha, levaram espeto de madeira e os temperos que utilizamos aqui — disse.
O diferencial da carne do Acre é o marmoreio que possibilita um sabor diferenciado devido ao pasto consumido pelo gado, explicou ele.
Churrasco de graça
Nesta edição do evento, foram quase 5 mil quilos de carne, com destaque para a linguiça campeira, uma das mais elogiadas.
Valdir Alves da Silva, um dos churrasqueiros e responsável pela casa de carnes do CTG Alexandre Pato, destacou a recepção calorosa dos acreanos.
— Cada vez que a gente fazia um churrasco, mais pessoas apareciam. Ao total desses dias que ficamos lá, foram consumidos cerca de 5 mil quilos de carne em sete churrascos e todo mundo queria comer um pedacinho — contou.
As carnes foram servidas gratuitamente, sempre às 20h, e os eventos de churrasco duravam até a meia-noite.
Participação confirmada em 2025
A participação do CTG Alexandre Pato na Expoacre está confirmada para o próximo ano e promete se consolidar como uma tradição no evento.
Segundo os assadores, vale a pena mesmo com o cansaço para atravessar o Brasil até o estado vizinho ao Amazonas. Na jornada até o Acre, os gaúchos saíram de Passo Fundo e fizeram escalas em São Paulo e Brasília antes de chegar a Rio Branco.
Foi quase um dia inteiro de viagem, contando com as duas horas de diferença entre fuso horários.
— O calor imenso influenciou e sentimos os efeitos da fumaça na região. A viagem foi cansativa, com duas conexões, porém, tudo gratificante. Fica um grande aprendizado e conhecimento, pois conversamos com diversas pessoas de regiões diferentes. Um intercâmbio que com certeza levaremos para a vida — pontuou Silva.