O Brasil começa a atravessar uma crise de proporções inéditas. O caráter extraordinário deste momento, como não poderia deixar de ser, também exige medidas atípicas para se combaterem os efeitos perversos da pandemia de coronavírus na economia do país e no mercado de trabalho. O contexto extremamente preocupante obriga o governo federal a buscar alternativas excepcionais que possam ajudar a mitigar os impactos brutais da paralisação a que os cidadãos e empresas estão sendo submetidos em nome do bem maior da saúde e da preservação da vida de um grande número de brasileiros. Neste contexto, o Palácio do Planalto editou uma medida provisória na madrugada de ontem que, entre outros pontos, permitia que contratos de trabalho e salários fossem suspensos por um período de até quatro meses, com a justificativa de que o país vive dias de calamidade pública. Devido à repercussão negativa, acabou revogando esse trecho. Mas promete para os próximos dias uma nova MP, que prevê corte de até 50% da jornada e dos salários.
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