A garantia do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, de que, assim como a ponte do Guaíba, a BR-116 é prioridade do Planalto, precisa servir de estímulo para que líderes gaúchos persistam na mobilização em torno dessa obra que não tem mais como ser adiada. O ministro condiciona o andamento dos trabalhos de duplicação entre Guaíba e Pelotas à disponibilidade de recursos, hoje contingenciados pela crise. Ainda assim, o que precisa ser perseguido é mais eficiência na execução de um projeto que, com tantas idas e vindas, se transformou em fonte de desperdício de dinheiro público.
Os sucessivos adiamentos registrados nas obras, que deveriam ter sido concluídas já em 2015, fazem com que trechos já liberados ao tráfego acabem expostos à deterioração. Enquanto isso, a rodovia segue provocando vítimas, além de dificultar e onerar o escoamento da produção agrícola e o transporte de bens de uma das regiões mais industrializadas do Estado até Rio Grande.
A prioridade conferida ao projeto, juntamente com outras obras vitais como a nova ponte do Guaíba, serve de alento, mas significa pouco para quem anseia pela conclusão. Pelo ritmo registrado até agora, se não houver mobilização efetiva e permanente, a rodovia ainda vai continuar por muito tempo como um grande canteiro de obras.