O humor sírio capta um fato frequentemente esquecido por gente que pretende ser levada a sério. Al-Assad pai pode ser responsabilizado pelo massacre de cerca de 40 mil pessoas, a maioria habitantes sublevados da cidade de Hama, no fatídico ano de 1982. Já Al-Assad júnior é culpado pela morte da maioria das 240 mil vítimas em quatro anos e meio de guerra civil.
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Comparativamente, o Estado Islâmico (EI) matou, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, 3.221 pessoas em 16 meses de participação no conflito. As vítimas do EI chegam a, no máximo, 1,3% do total, por mais bárbaros que sejam seus métodos.
Na quarta-feira, depois de dois dias de debates na ONU sobre uma suposta coalizão anti-EI, a Rússia partiu para os finalmentes: bombardeou oito alvos na Síria. Nenhum pertencia ao EI. Os Estados Unidos disseram, de início, que os ataques "provavelmente" não atingiram o EI e, à noite, em conjunto com os russos, anunciaram que farão "uma discussão de militares com militares para evitar conflito".
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Se Al-Assad se interessar por preço baixo, deve torcer para que a negociação russo-americana sobre a Síria inclua a abertura de uma casa de banhos em Damasco.
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