O grupo terrorista Hamas reivindicou um ataque com arma de fogo que deixou três pessoas mortas e seis feridas — três delas gravemente — nesta quinta-feira (30), em Jerusalém. Conforme autoridades de segurança israelenses, o atentado aconteceu em uma parada de ônibus. A polícia israelense confirmou que os dois agressores foram mortos.
Segundo o chefe da polícia de Jerusalém, Doron Torgeman, os autores estavam "em um carro, um armado com um M-16 e o outro com uma pistola". Eles abriram fogo por volta das 7h40min no horário local (2h40min em Brasília).
"Os irmãos Murad Nemr (38 anos) e Ibrahim Nemr (30), membros das brigadas Ezzedin al-Qasam de Sur Baher, se sacrificaram em uma operação que matou três colonos e feriu outros vários", afirmou o Hamas em comunicado.
"Essa operação é uma resposta natural aos crimes sem precedentes da ocupação (como o Hamas se refere a Israel) na Faixa de Gaza e contra crianças em Jenin (na Cisjordânia)", acrescentou o grupo terrorista.
O Shin Bet, serviço de segurança interno de Israel, identificou os dois homens como palestinos residentes em Jerusalém Oriental, de acordo com o jornal O Globo. Os irmãos já tinham passagem por prisões israelenses, por vinculação a atividades terroristas. Citadas pelo jornal Times of Israel, as autoridades israelenses ainda confirmaram que os dois seriam filiados ao Hamas.
Imagens publicadas em redes sociais mostram dois homens saindo de um veículo branco e abrindo fogo antes de serem mortos. O ataque só parou após a intervenção de dois soldados israelenses, que passavam pelo local, e de um civil armado, que reagiram à agressão. Os dois terroristas "foram rapidamente abatidos por dois soldados fora de serviço e um civil", afirmou a polícia em comunicado.
Promessa de armas aos civis
O ataque ocorreu pouco depois de ter sido anunciada a prorrogação de um dia na trégua entre Israel e o movimento Hamas. Pelo sétimo dia, os dois irão realizar uma troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. Ainda não está claro o impacto para a troca de prisioneiros agendada para esta quinta-feira e para futuras negociações.
Ainda conforme O Globo, pouco depois do ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pronunciou-se afirmando que o governo pretende aumentar a distribuição de armas de fogo à população civil, como medida de segurança a possíveis novos ataques terroristas.
"(O governo) vai continuar a expandir a distribuição de armas a civis. Essa é uma medida que se provou (eficaz) muitas e muitas vezes na guerra contra o terrorismo assassino", disse Netanyahu no pronunciamento em vídeo.