O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos (PL), disse que o centro de eventos da cidade estará aberto, a partir desta segunda-feira (12) para o velório das vítimas do acidente do voo da Voepass em Vinhedo, no interior de São Paulo. De acordo com o prefeito, 22 das 62 pessoas que morreram são da cidade paranaense.
"Devem anunciar nas próximas horas as primeiras liberações", disse o chefe do Poder Executivo a respeito da liberação dos corpos, que estão presentes no Instituto Médico Legal (IML) Central de São Paulo, para identificação.
Todos os corpos já foram retirados da aeronave, em um trabalho que se estendeu desde a sexta-feira (9) até o fim da tarde de sábado (10).
O velório coletivo, por enquanto, está descartado. Isso porque dependerá da liberação dos corpos das vítimas, o que não deve ocorrer de uma só vez, devido ao processo de identificação.
"Possivelmente não teremos todos os corpos das vítimas de Cascavel e microrregião no mesmo momento. Então, vamos deixar toda estrutura pronta e as pessoas vão tomar a decisão se querem (velório) naquele local", disse Paranhos.
O prefeito acrescentou que o translado dos corpos ficará sob responsabilidade da Voepass ou de outras empresas aéreas.
O acidente
A aeronave saiu de Cascavel, no Paraná, com destino a Guarulhos quando caiu por volta das 13h de sexta-feira (9) em um bairro residencial de Vinhedo, no interior de São Paulo. A aeronave é um ART 72-500, um avião de médio porte, com capacidade para 68 passageiros.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), este é o acidente com o maior número de vítimas desde a queda da aeronave da TAM, em São Paulo, em 17 de junho de 2007, que vitimou 199 pessoas.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), começou a extrair e transcrever os áudios e dados das caixas-pretas do avião. O chefe do Cenipa, brigadeiro do ar Marcelo Moreno, afirmou neste domingo (11) que 100% dos dados foram resgatados e preservados, o que pode ajudar a identificar o motivo da tragédia. O órgão estima que em um mês divulgará os primeiros resultados da investigação.