A tempestade que atingiu o Rio Grande do Sul na madrugada desta quinta-feira (21) provocou bloqueios em rodovias, queda de árvores, destelhamentos e falta de energia. Na área de concessão da CEEE Equatorial chegaram a ser 815 mil clientes sem luz. As regiões mais afetadas são Metropolitana (312 mil), Sul (183 mil) e Centro-Sul (90 mil). Na área da RGE Energia, o número de clientes às escuras é de 337 mil. Ao todo, são 1,152 milhão de unidades sem energia. O número é o segundo maior dos últimos 10 anos, levando em conta eventos climáticos de relevante magnitude que afetaram o Estado.
Em janeiro deste ano, 1,3 milhão de clientes ficaram sem luz, alguns por mais de 10 dias. Este foi o pico da falta de energia em razão da tempestade que atingiu o Rio Grande do Sul no dia 16, e derrubou árvores, postes, destelhou casas e alagou ruas, sobretudo na Capital e Região Metropolitana.
Na última atualização, divulgada na tarde desta quinta-feira, havia 893 mil de clientes sem luz no RS, dos quais 710 mil afetados na área de concessão da CEEE Equatorial. Os outros 183 mil são na área da RGE Energia.
Outros eventos climáticos
Em julho de 2020, a passagem de um ciclone-bomba pelo Estado causou a interrupção do fornecimento de energia para 895 mil clientes. O fenômeno provocou alagamentos, queda de árvores e destelhamentos em vários municípios. Pelo menos 1.119 pessoas ficaram desalojadas em 19 cidades do Estado.
Em outubro de 2015, ventos de mais de 130 km/h vieram acompanhados de chuva forte, provocando mortes, derrubando centenas de árvores e deixando 711 mil clientes sem luz.
Dois anos depois, também em outubro, uma tempestade atingiu Porto Alegre com rajadas de vento entre 100 km/h e 120 km/h. Na ocasião, 640 mil clientes ficaram sem luz no Rio Grande do Sul.
Em 29 de janeiro de 2016 Porto Alegre foi assolada por uma das mais fortes tempestades de sua história. Raios, chuva torrencial e ventos acima de 100 km/h arrancaram árvores, destruíram parques, derrubaram postes e deixaram 328 mil clientes sem energia na Grande Porto Alegre no dia seguinte. A força do vento fez até com que o Cisne Branco, um dos ícones de Porto Alegre, que há décadas realiza passeios turísticos pelo Guaíba, afundasse parcialmente.