Após as recentes enchentes no Rio Grande do Sul, uma montanha de lixo e entulhos (180 mil toneladas) ocupa ruas e avenidas em nove municípios do Vale do Taquari. O governo estadual anunciou medidas para enfrentar, de forma emergencial, essa situação, contando com a verba de R$ 26 milhões do governo federal.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade desta sexta-feira (1º), a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS, Marjorie Kauffmann, informou que o recolhimento, a partir de hoje, contará com 60 carretas e quatro escavadeiras diariamente ao longo de 12 semanas. O objetivo é retirar 120 mil toneladas do total acumulado.
— Nesse primeiro momento, vamos destinar todos como resíduo sólido urbano comum, ou seja, que é contaminado e que não se pode fazer outro uso exceto geração de energia pelo gás gerado pelo aterro — explica a secretária. — Mas, para a próxima etapa, tivemos uma conversa com os prefeitos orientando o depósito segregado de alguns materiais, principalmente resíduos de construção civil, que são oriundos da demolição de residências que estão condenadas, para que eles possam ser utilizados, por exemplo, para pavimentação de estradas municipais — comenta.
O destino será o aterro sanitário de Minas do Leão, que já recebe 220 carretas por dia.
COP28
A secretária Marjorie Kauffmann está em Dubai, na COP28, Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, para abordar os impactos ambientais das adversidades climáticas no Rio Grande do Sul e buscar apoio econômico para "projetos de adaptação e resiliência":
— Estamos trazendo (para a COP28) o momento que o Rio Grande do Sul vive em relação aos impactos ambientais dessas questões adversas, tanto da seca, como da enchente.