A dois dias de assumir a freeway, o grupo CCR Via Sul já está com o esquema de operação definido. O sistema de gerenciamento e os softwares operacionais utilizados nos pedágios foram aprovados nos testes, realizados essa semana nas duas praças da rodovia.
Desde segunda-feira (11), os veículos são parados e os motoristas liberados logo após serem instruídos sobre a volta da cobrança, que acontecerá na sexta-feira (15). A experiência foi classificada como "sem problemas ou intercorrências" pela empresa. Os funcionários já estão em escala de trabalho.
Até esta quarta-feira, 185 mil veículos passaram pelas cancelas. Foram 120 mil em Gravataí e 65 mil em Santo Antônio da Patrulha, segundo dados da CCR.
As tarifas serão de R$ 4,40 em Gravataí, em ambos os sentidos, e R$ 8,80 na praça de Santo Antônio da Patrulha. A cobrança divide os usuários.
— Acho que o Estado deveria fazer. Se a iniciativa privada consegue lucrar, por que o Estado não consegue? — questiona o servidor Gilberto David, 55 anos, que viajava de Torres para a Capital com a família.
O carreteiro Alan William saiu de Itajaí (SC) carregando uma carga de 32 toneladas de cimento e dormiu ao lado do posto da CCR, em Gravataí. O destino é Santa Maria.
— Se eles mantiverem a rodovia, vale a pena pagar. No Tocantins, tive prejuízo de R$ 600 pela buraqueira da BR-153, trocando a ventoinha e borrachas que caíram com a trepidação — disse.
O Grupo CCR já conta com veículos de atendimento estacionados na via. Às 7h desta quarta-feira (13), duas UTIs móveis, uma ambulância, cinco guinchos leves e dois pesados foram vistos no pátio, além de caminhões-pipa para atendimento a incêndios e um caminhão boiadeiro, para transportar animais mortos em acidentes.
A CCR afirma ainda que vão operar na via mais seis veículos de inspeção e supervisão de tráfego.