Considerado um dos setores mais afetados pela Máfia das Próteses, os planos de saúde privados querem reaver os prejuízos com o sistema de vantagens indevidas oferecidas pelos fabricantes de órteses, próteses e materiais especiais aos profissionais de saúde.
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) entrou com ações na Justiça dos Estados Unidos contra oito das maiores fabricantes desses produtos.
Em nota, a entidade afirma que ainda há a possibilidade de acordos prevendo multas e, principalmente, adoção de regras rígidas para a venda dos itens.
“É preciso que o governo, as empresas, os legisladores e também a sociedade civil se debrucem com seriedade sobre o tema das fraudes na saúde, tanto na iniciativa privada quanto no Sistema Único de Saúde (SUS)”, salienta o documento.
O esquema de superfaturamento foi descoberto entre 2014 e 2015. O prejuízo estimado ao Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPE-RS) é de cerca de R$ 1,7 milhão.
Em reportagem do GaúchaZH, a equipe da Delegacia de Repressão aos Crimes de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil antecipou que a fraude causou ainda mais danos financeiros aos planos de saúde privados.
Para a Abramge, é necessária a aprovação das propostas de lei, que tramitam no Congresso desde a denúncia do esquema, para criminalizar as propinas e vantagens indevidas pagas aos prestadores de serviços de saúde.