O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de inquérito contra o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) por suspeita de peculato. O objetivo da investigação é apurar se o parlamentar utilizou verba da Câmara dos Deputados para pagar despesas pessoais.
Leia mais:
Fachin diz que vai julgar Lava-Jato com celeridade e transparência
Edson Fachin autoriza abertura de inquérito contra Renan, Jucá e Sarney
Ministro Edson Fachin nega habeas corpus pedido por ex-tesoureiro do PP
O parlamentar negou irregularidades e se colocou à disposição para ajudar nas investigações.
– Recebo com tranquilidade (essa notícia), já que não pratiquei absolutamente nada e jamais fiz qualquer tipo de irregularidade com dinheiro da Câmara – disse o deputado.
O inquérito contra Aníbal Gomes decorre de desdobramentos das investigações no âmbito da Operação Lava-Jato.
Em dezembro, a Segunda Turma do STF decidiu por unanimidade aceitar a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Aníbal por envolvimento no esquema de corrupção instalado na Petrobrás.
Com o recebimento da denúncia, Aníbal - que é aliado do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) – se tornou réu no âmbito da Operação Lava-Jato e responderá à ação penal por corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro.
Conforme a denúncia da PGR, Aníbal Gomes é acusado de prometer pagamento de propina de R$ 800 mil ao então diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, para permitir e facilitar as negociações entre a estatal e empresas de praticagem da Baixada Santista e de São Sebastião (SP) na Zona de Portuária 16.
*Estadão Conteúdo