Em 126 anos de República – proclamada em um golpe de Estado –, o Brasil viveu inúmeras crises institucionais, fruto de quarteladas, deposições e renúncias de presidentes. Dos 42 mandatários, 12 não concluíram seu período constitucional à frente do país. Um novo capítulo dessa sucessão de rupturas pode ser escrito com a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ela admitiu ter cometido pedaladas fiscais – base do pedido em curso na Câmara –, mas diz ser vítima de um golpe. O debate tem gerado controvérsia entre juristas, cientistas sociais e políticos, parlamentares e militantes partidários. Mas, afinal, no caso específico de Dilma, impeachment é golpe?
Crise em Brasília
Especialistas debatem se processo de impeachment fere a constituição
Debate tem gerado controvérsia entre juristas, cientistas sociais e políticos, parlamentares e militantes partidários