Rodoviários de empresas que atendem a Região Metropolitana fazem paralisação na manhã desta segunda-feira (16). Eles reivindicam reajuste salarial, que deveria ter ocorrido em junho de 2024, data-base da categoria.
Com a paralisação, moradores de cidades como Viamão, Alvorada, Cachoeirinha, Eldorada do Sul, Canoas, Gravataí, Guaíba e Camaquã, que faz parte do sindicato, apesar de não ser na Região Metropolitana, enfrentam dificuldades para se deslocar.
Segundo a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), mais de 100 mil pessoas da Região Metropolitana foram afetadas com a paralisação.
Em Alvorada, rodoviários da Soul estão na frente da garagem. Representante do sindicato fala em 95% de adesão, mas ônibus estão saindo. A reportagem encontrou mais de 20 veículos circulando pela cidade. Algumas linhas estão com mais problema.
Há passageiros que afirmam estar esperando desde antes de 5h para chegar no centro de Porto Alegre. Paradas na Avenida Getúlio Vargas estão bem movimentadas.
Em Cachoeirinha, não há saída de ônibus da garagem da Transcal.
Em Viamão, os primeiros ônibus começaram a sair por volta das 8h. Passageiros que aguadavam em paradas contaram que esperavam havia mais de uma hora para se deslocar.
Em Gravataí, os primeiros ônibus da empresa Sogil começaram a sair por volta das 7h. Metroplan afirma que não possui linhas à disposição para reforçar o serviço.
Ônibus do Expresso Rio Guaíba também não saíram da garagem. Com isso, há longas filas no catamarã, alternativa encontrada pelos moradores para chegar a Porto Alegre.
Às 6h35min, já não havia mais bilhetes para fazer a travessia no catamarã que sai às 7h20min. A empresa afirmou que colocou uma embarcação extra às 7h40min.
Não há relatos de problemas em ônibus municipais, que circulam dentro das cidades.
O que diz o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Guaíba
DIRETOR SINDICAL DO STTRG INFORMA
Motivo da paralisação dos rodoviários:
Falta de reajuste salarial, desde junho de 2024, data base da categoria. Jogo de empurra e empurra entre seguimento patronal e governo do estado faz com que trabalhadores fiquem sem ser atendidos nas questões salariais.