A paquistanesa Malala Yousafzai, vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2014, que sofreu uma tentativa de assassinato dos talibãs, lamentou o ataque desta terça-feira contra uma escola de Peshawar, no Paquistão, que matou mais de 130 pessoas, a maioria crianças.
- Tenho o coração partido por este ato de terrorismo sem sentido e a sangue frio em Peshawar - afirma jovem de 17 anos em um comunicado.
Malala mora no Reino Unido desde que outubro de 2012, quando recebeu um tiro na cabeça por defender o direito à educação das meninas em uma região de forte presença talibã.
- Eu, ao lado de milhões de pessoas em todo o mundo, choro por estas crianças, meus irmão e irmãs. Mas não vão nos derrotar nunca. Condeno estes atos atrozes e covardes e estou ao lado do governo e das Forças Armadas do Paquistão - completou.
França, Reino Unido e India também condenam o ataque
O presidente francês, François Hollande, denunciou o que considerou um "ataque desprezível" na escola de Peshawar.
- Nenhuma palavra pode classificar a abjeção de um ataque como esse contra crianças em sua escola - afirmou em um comunicado o chefe de Estado francês.
- Não há palavras para classificar o que está acontecendo no Paquistão. Um ato terrorista que afeta uma escola, crianças mortas, com essa vontade de destruir o saber e a juventude. Contra o terrorismo, nós devemos nos mobilizar a cada dia. O terrorismo é esta infâmia que ataca tudo o que vive, tudo o que pode ser fonte de esperança - completou.
- O que nós fazemos na África quando intervimos é lutar contra o terrorismo. (...) Quando intervimos no Iraque é para lutar contra o terrorismo - acrescentou Hollande.
David Cameron, primeiro ministro do Reino Unido, também condenou o ataque e a Índia, vizinha do Paquistão, chamou a ação de "desumana".
*AFP