As empresas de ônibus de Porto Alegre já demitiram, pelo menos, 63 funcionários por fraude no cartão TRI em 2013. Além dos 42 servidores da Carris, o Consórcio Conorte também demitiu 13 funcionários pelo menos motivo neste ano. As empresas que compõem o Consórcio afirmam que advertiram pelo menos duas vezes os cobradores. A empresa STS mandou para a rua oito funcionários nos primeiros dez meses deste ano.
O gerente-executivo do Consórcio, Antônio Lovato, afirma que este tipo de fraude faz parte da rotina das empresas: "É um procedimento que desde que foi inaugurada a bilhetagem eletrônica em Porto Alegre esta fiscalização e essas fiscalizações fazem parte da rotina dos Consórcios. Basta identificar que o cobrador é desligado", ressalta.
O Consórcio Unibus ainda não divulgou o levantamento solicitado pela reportagem da Rádio Gaúcha. Desde o início da tarde desta terça-feira (26), todos os ônibus da Carris estão operando normalmente em Porto Alegre, após protestos de rodoviários que iniciaram nesta madrugada, alterando a rotina da população. No entanto, a empresa pública registra, pelo menos, R$ 7 mil em prejuízos por conta das depredações aos veículos durante as reivindicações. Ao todo, 19 ônibus da Carris tiveram chaves furtadas e danificadas na ignição, cilindros e trava da direção quebrados.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) deu prazo de dez dias para que o Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre apresente documentos que comprovem o impedimento legal na demissão de 42 servidores da Carris por fraude no cartão TRI. A empresa também deverá se posicionar sobre o caso. Após este período, o procurador do Trabalho, Ivo Eugênio Marques, irá avaliar possível mediação do MPT no caso.