Mais do que o ingresso no rol dos maiores nomes da história do esporte brasileiro, Rebeca Andrade considera as suas cinco medalhas olímpicas obtidas em Tóquio e em Paris uma conquista das mulheres brasileiras. Após ganhar a prata no salto neste sábado (3), a ginasta destacou o potencial das suas vitórias para inspirar as mulheres brasileiras na luta por seus objetivos.
— É uma honra fazer parte dessa porcentagem de mulheres que está aqui e mostrar que a nossa luta está acontecendo, que a gente tá crescendo e que a gente está conquistando o nosso espaço. É maravilhoso — declarou, em entrevista concedida na zona mista da Bercy Arena
Rebeca afirmou ainda esperar que as suas três medalhas já conquistadas em Paris, aliadas às duas ganhas nos Jogos de Tóquio, em 2021, possam inspirar os brasileiros em geral a realizarem os seus sonhos.
— É muito difícil chegar em uma Olimpíada, estar no Mundial, e a gente está fazendo história. É a valorização do nosso trabalho. É mostrar que os nossos esforços estão valendo a pena. É fazer as pessoas acreditarem que realmente é possível perseguir seus sonhos — completou.
E a saga de Rebeca Andrade nas Olimpíadas de Paris ainda não acabou. Após ganhar prata no salto e no individual-geral e bronze por equipes, a atleta voltará ao ginásio na segunda (5) para disputar as finais do solo e da trave.
— Ainda tem a trave e o solo. Eu pretendo focar ainda mais para conseguir fazer um bom trabalho. Mas é isso, estou muito orgulhosa. Eu peguei cinco finais. Gente, quando eu poderia imaginar que pegaria cinco finais em uma Olimpíada? Estou bem orgulhosa de todas as conquistas que a gente está tendo — finalizou.
Com cinco medalhas olímpicas na carreira, Rebeca já se igualou aos ex-velejadores Robert Scheidt e Torben Grael e ingressou no grupo dos maiores medalhistas olímpicos da história do Brasil. Como ainda terá as finais do solo e da trave, a atleta pode, na melhor das hipóteses, totalizar até sete medalhas olímpicas na carreira em apenas duas Olimpíadas.