O jogador de vôlei Wallace de Souza usou as redes sociais nesta terça-feira (31) para pedir desculpas pela postagem do Instagram em que sugeriu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levasse um "tiro na cara". Em vídeo, o atleta classificou o seu comentário como um "post infeliz".
— Quem me conhece sabe muito bem que eu jamais incitaria a violência em hipótese alguma contra qualquer pessoa, principalmente ao nosso presidente. Venho aqui pedir desculpas, foi um post infeliz — diz o jogador na gravação.
Na sequência, ele afirma que sua conduta "não é relacionada a atos de violência".
— Quando você erra, tem que assumir o erro. Jamais tive a intenção de incitar a violência ou o ódio. Não foi isso que o esporte me ensinou — salienta.
O teor da postagem provocou desdobramentos e indignação nas redes sociais. O Sada Cruzeiro, clube do jogador, se posicionou em nota lamentando a atitude do atleta e pedindo desculpas pela postagem de Wallace.
Ainda no âmbito esportivo, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) também se manifestou em nota de forma desfavorável ao atleta, repudiando qualquer tipo de violência ou incitação a atos violentos.
Na esfera política, Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da presidência, demonstrou sua indignação. Também por meio das redes sociais, acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) e afirmou que medidas deverão ser tomadas. "Não vamos tolerar ameaças feitas por extremistas e golpitas", afirmou o parlamentar em sua conta no Instagram.
Entenda o caso
Apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas pelo petista nas eleições do ano passado, o atleta do Sada Cruzeiro apoia a ampliação do acesso às armas pela população.
Nas primeiras horas desta terça-feira, o jogador fez uma série de postagens sobre a sua experiência em um stand de tiro. Ao abrir uma caixa de perguntas em seu perfil, recebeu uma sugestão de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva levasse um tiro na cara. Em resposta, o jogador de vôlei abriu uma enquete para perguntar a opinião dos seus seguidores sobre a ideia. "Alguém faria isso: sim ou não?", escreveu. Posteriormente, a postagem foi apagada.