Após quase seis meses de prisão no Paraguai, Ronaldinho e o irmão Assis foram liberados pela justiça e poderão voltar ao Brasil. A decisão foi tomada pelo juiz Gustavo Amarilla em audiência realizada no Palácio da Justiça, em Assunção, na tarde desta segunda-feira (24).
No dia 7 de agosto, o Ministério Público do Paraguai havia pedido a revogação das prisões dos ex-jogadores. Na decisão de hoje, foi homologado o pedido de suspensão condicional do procedimento contra Ronaldinho e pena de dois anos com suspensão da execução para Assis. A defesa dos brasileiros aceitou as condições requeridas, que inclui o pagamento de multa no valor de 200 mil dólares (R$ 1,12 milhão na cotação atual).
Assis, que foi apontado pela apuração como alguém que tinha conhecimento na elaboração dos documentos falsos, também deverá comparecer diante de uma autoridade da justiça a cada quatro meses.
Sobre a investigação de uma suposta ligação com um esquema de lavagem de dinheiro, que envolveria ainda os empresários Wilmondes Sousa Lira e Dalia López, nenhuma irregularidade foi encontrada pelo MP paraguaio.
Com uma série de recursos negados, Ronaldinho e Assis estavam sob custódia no país vizinho desde o início de março, quando ingressaram com passaportes falsos na capital paraguaia.
Eles ficaram detidos na Agrupación Especializada da Polícia Nacional por cerca de um mês. Desde abril, Ronaldinho e Assis estavam em prisão domiciliar no Hotel Palmaroga, localizado na região central de Assunção.