O Racing se tornou o primeiro clube argentino a concordar com uma queda de salário de seus profissionais de futebol, para enfrentar a inatividade total que reina na luta contra a pandemia de coronavírus. Clubes de futebol de todo o mundo adotam comportamentos semelhantes, com a redução da remuneração de jogadores.
"No espírito de proteger a renda e garantir a estabilidade e a continuidade de todos os trabalhadores da instituição, o acordo prevê uma redução salarial significativa na renda contratual dos jogadores e da equipe técnica a partir de abril", afirmou a diretoria do Racing em um comunicado.
A aceitação da medida pelo elenco foi transmitida por Lisandro López, veterano do ataque, líder da equipe e ídolo da torcida. Fontes do clube garantem que o ajuste seja generalizado para cerca de 400 funcionários.
— Os fundos que entram no clube não são suficientes para pagar, porque provêm dos sócios, patrocinadores e televisão, mas não sabemos quanto tempo — disse o presidente do Racing, Víctor Blanco.
Mas em outras instituições parece não haver entendimento e o sindicato do futebol se opõe a baixar os salários daqueles que ganham menos.
— É fundamental respeitar o salário dos jogadores. Falo três vezes ao dia com o pessoal da Federação Argentina de Futebol (AFA) e eles procuram desculpas por uma má administração ou comportamento errado ao fazer o orçamento — havia alertado o líder do sindicato de futebolistas Sergio Marchi.
O Conselho de Administração do Racing disse que "não apenas eles são gratos, mas também se orgulham do gesto de solidariedade de nossa equipe profissional e técnica com a instituição e também com trabalhadores em particular".