A luta contra o coronavírus ganha novos reforços a cada dia. Em todo o Brasil, inúmeras instituições esportivas já se manifestaram e colocaram as suas instalações à disposição dos órgãos públicos no combate à pandemia.
O Grêmio, por meio da Arena, e o Inter já ofereceram suas estruturas físicas. A área dos clubes pode ser necessária caso a demanda por leitos extrapole a capacidade dos hospitais de Porto Alegre. Desde a semana passada, por solicitação da prefeitura da Capital, o Gigantinho está sendo usado para abrigar pessoas com dificuldade na prevenção e no tratamento da covid-19.
A Sogipa também se propôs a ajudar. O clube dispõe de ginásios e salões, que poderão ser utilizados pelas autoridades . No restante do Rio Grande do Sul, Juventude e o Brasil-Pel foram no mesmo caminho.
São Paulo
Um dos maiores exemplos de como o esporte pode ajudar neste momento é a transformação do Pacaembu em um hospital de campanha. O estádio é administrado pela prefeitura de São Paulo. O espaço contará com 200 leitos para pacientes de baixa e média complexidade, ou seja, aqueles que precisam ficar internados, mas não em uma unidade de terapia intensiva.
O São Paulo colocou todas as dependências à disposição, o que inclui o CT da Barra Funda e o Morumbi. O Corinthians ofereceu as estruturas do Parque São Jorge, do CT Joaquim Grava e da Arena Corinthians. Outra iniciativa da equipe paulista foi a organização de uma campanha de doação de sangue.
O Santos cedeu todas as suas instalações e sugeriu a montagem de um hospital provisório no Salão de Mármore, na Vila Belmiro. No Palmeiras, o Allianz Parque serviu de local para a realização de vacinação contra a gripe. O clube Pinheiros também demonstrou estar disposto a contribuir.
Rio de Janeiro
O Maracanã irá abrigar um dos nove hospitais de campanha contra o coronavírus que serão montados pelo governo do Rio de Janeiro. A expectativa é que 400 leitos sejam criados no local. Diferente do que em São Paulo, onde o gramado do Pacaembu será utilizado, no estádio carioca o campo será preservado a pedido de Flamengo e Fluminense. Embora o maior palco do futebol brasileiro seja público, os dois clubes o administram. O Botafogo colocou o Nilton Santos à disposição das autoridades.
Minas Gerais
Para auxiliar no combate à pandemia, o Atlético-MG disponibilizou os espaços de dois clubes de lazer, além da Cidade do Galo. O Cruzeiro ofereceu as suas estruturas das sedes sociais da Pampulha e do Barro Preto.
Bahia
A Arena Fonte Nova também será usada para a instalação de um hospital de campanha. O projeto ainda está sendo detalhado. No antigo CT do Bahia, o governo do Estado instalou 44 leitos para casos de baixa complexidade. No Vitória, a sede do Barradão passou por vistoria para ser utilizada como um ponto de vacinação contra a gripe.
Ceará
A prefeitura de Fortaleza está construindo hospital de campanha no estádio Presidente Vargas, seguindo o exemplo do Pacaembu. O palco é utilizado por Ceará e Fortaleza para jogos de menor público. No espaço, estão previstos 204 leitos para pacientes diagnosticados com coronavírus. A expectativa é que o local esteja pronto até o dia 20 de abril.