Administrado por Flamengo e Fluminense, mas pertencente ao governo do Estado do Rio de Janeiro, o Maracanã virará um hospital de campanha para ajudar no combate ao coronavírus. Diferente de São Paulo, onde o gramado do Pacaembu terá leitos para os pacientes, no estádio carioca, o campo será preservado a pedido dos clubes.
A praça esportiva será toda cedida ao governo do Rio e utilizada como unidade hospitalar contra a covid-19, doença proveniente do coronavírus. O martelo demorou a ser batido em função da indecisão sobre qual espaço do complexo receberia os 400 leitos. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro confirmou a informação.
Enquanto os clubes preferiam que o hospital fosse construído na área do antigo Célio de Barros, que não funciona mais como estádio de atletismo, o governador Wilson Witzel (PSC) preferia o campo do Maracanã. A preocupação da dupla Fla-Flu era com a possibilidade de volta do futebol antes da liberação de todos os pacientes e também com o estado do campo de jogo. Ao fim, as partes chegaram a um acordo. O gramado será preservado e o governo do Rio de Janeiro deve utilizar, além do Célio de Barros, o ginásio Maracanãzinho.
Pelo grande espaço livre e plano (pelo menos 900 m²) e ao mesmo tempo protegido, estádios por todo o país têm sido adaptados para se tornarem hospitais de campanha. O primeiro a ficar pronto foi o do Pacaembu, que é administrado pela iniciativa privada há apenas dois meses.
Lá, a Prefeitura de São Paulo montou um espaço com 200 leitos para pacientes de média e baixa complexidade, com isolamento, além de oito leitos de UTI. A construção foi feita em parceria com o Hospital Albert Einstein, que vai contratar cerca de 500 profissionais.