Os julgamentos dos brigões no Gre-Nal mostram bem como a Conmebol funciona em ritmo de ditadura. A transparência é zero. Não se tem a mínima ideia do que ocorre.
A covid-19 não atenua em nada. Aliás, antes da pandemia, não era tão diferente. Não há troca de argumentos ou debate cara a cara, olho no olho.
As defesas são enviadas e, depois disso, seja o que Deus quiser. A apelação à sentença, se houver, é encenação.
Quem não lembra de como foi a análise do recurso do Grêmio pedindo os pontos daquela semifinalista Libertadores contra o River Plate? Um show de "não estou nem aí", dando espaço a todo tipo de Fake News.
Não duvido que a Conmebol multe à rodo, para arrecadar. Ela adora dinheiro. Quando às penas, o pior castigo para o Inter seria perder Edenilson por mais jogos. Victor Cuesta é péssimo, pelo modelo de jogo de Eduardo Coudet, com zagueiros que saem jogando, mas Edenilson destravou o time todo, mantido como meia central.
No Grêmio, duro mesmo seria ficar sem Pepê, o reserva mais titular da história tricolor. Renato perde uma opção mortal de segundo tempo. Mas enquanto tiver Everton, tudo pode se resolver a qualquer momento no ataque.
A situação azul é tranquila com o que vier da ditadura paraguaia.
A do Inter é de pânico com tendência a motim, a começar por quem escalar contra o America-COL, sem Cuesta, Edenilson, Moisés, Musto e Marcos Guilherme, os dois últimos suspensos pelo terceiro cartão amarelo.