O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) adiou a decisão do caso do Figueirense, que foi denunciado por conta de salários atrasados e corre o risco de perder pontos na Série B do Campeonato Brasileiro. Em julgamento realizado na manhã desta sexta-feira (30), o órgão determinou que, antes do resultado, o Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina (MPT-SC) precisa avaliar as provas entregues pela defesa do clube catarinense.
Na quinta-feira (29) pela manhã, o Figueirense colocou em dia o pagamento dos salários, direitos de imagem e ajudas de custo referentes a 2019 que estavam atrasados aos jogadores profissionais e da base, comissões técnicas e funcionários. Um documento comprovando a quitação dos atrasados foi anexado pela defesa do clube e ainda será analisado.
Esta foi a primeira vez que o STJD denunciou um clube por atraso de salários com o campeonato ainda em andamento. Sport e Santa Cruz já foram punidos e perderam pontos no Brasileiro de 2018 e 2016, respectivamente, mas depois que a competição já havia terminado.
A denúncia da Procuradoria do STJD é baseada nos artigos 114 do Regulamento Geral de Competições da CBF, que trata de fair-play financeiro e trabalhista, 17 do regulamento específico da Série B e 191, inciso III, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que condenam atrasos de pagamentos.
O Figueirense ainda deve ser denunciado pela derrota por W.O. no jogo contra o Cuiabá, na semana passada, quando os jogadores optaram por não entrar em campo. Se a cena se repetir nas próximas rodadas, o clube corre até o risco de ser excluído da segunda divisão do Brasileiro.
Na 15ª colocação da Série B, o Figueirense volta a campo às 16h30min deste sábado (31), quando recebe o Guarani, no Estádio Orlando Scarpelli, pela 20ª rodada.