Presidente da Federação Gaúcha de Futebol e vice da CBF, Francisco Novelletto afirmou nesta terça-feira (4) que, se fosse Neymar, pediria dispensa da Seleção na Copa América. O dirigente, porém, defende que a entidade não deve tomar a iniciativa de cortar o jogador da delegação por causa da acusação de estupro.
— Se eu tivesse de apostar, apostaria que ele não vai vir (para a Copa América) e pedirá licença. A CBF não pode julgar o Neymar. Isso não é papel dela. Mas imagina como está a cabeça dele com essa situação toda. Se eu fosse ele, pediria dispensa por tudo o que envolve esse momento. Ele não tem condições psicológicas para enfrentar uma Copa América e um batalhão de jornalistas. Seria bom para todos. Ele não vai render o que iria render. Já deixou a desejar na Copa do Mundo. Imagina essa carga emocional? Acaba ganhando todo mundo se ele não vier jogar. A CBF jamais vai cortar ele, mas, se a decisão partisse dele, a entidade concordaria — disse o Novelletto, em entrevista a o programa SBT Rio Grande.
Em seguida, ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, Novelletto justificou que foi induzido a responder isso durante a entrevista.
— Falei sobrei pressão do seu colega. Isso teria que partir dele (Neymar), e não da CBF. Quem sabe dessa situação, quem pode responder sobre isso, é o próprio jogador - reiterou.
Durante a manhã de ontem, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, descartou a possibilidade de cortar Neymar da Copa América. Em entrevista concedida ontem ao canal SporTV, o dirigente afirmou ter plena confiança no atacante e na sua defesa.
— Não há expectativa de que o Neymar não esteja na Seleção. Tenho conversado com os advogados e dado o apoio que a CBF tem de dar. Acho que ele está bem amparado. O mais importante é manter o ambiente da Seleção, dos jogadores, o clima de competição em alta. Que isso não afete o desempenho dos jogadores — disse.