A semana foi agitada para a brasileira Jéssica Andrade, de 26 anos. A lutadora conheceu nesta quinta-feira (22) a jogadora de futebol Marta, eleita cinco vezes a melhor do mundo. No sábado, ela enfrenta Tecia Torres na luta co-principal do UFC on Fox 28, em Orlando, nos Estados Unidos.
Depois de perder para Joanna Jedrzejczyk em maio e se recuperar ao bater Cláudia Gadelha em setembro, Jéssica tem a oportunidade de se reaproximar de uma disputa de cinturão. Em entrevista ao GaúchaZH, a lutadora falou sobre os planos para a luta e sobre o momento do MMA feminino.
A Tecia Torres vem de uma boa sequência de três vitórias. Como está o plano para enfrentá-la?
A Tecia é uma grande lutadora, vive uma excelente fase. Ela é completa, mas enxergo pontos em que eu sou melhor. Vou explorar isso e dar tudo de mim para sair vencedora desse combate. Será uma grande luta.
Você acha que a derrota da Joanna movimentou mais a divisão e aumenta a sua chance de disputar o cinturão novamente?
Eu prefiro pensar exclusivamente na minha luta, não posso pensar lá na frente e tropeçar no difícil desafio que tenho pela frente. Estou empenhada em ter uma grande performance no sábado, e aí depois penso em cinturão. Mas claro que é o título da categoria é o objetivo principal.
Como você avalia o momento do MMA feminino, com a criação de mais categorias no UFC?
Fico muito feliz em ver que estamos conquistando o espaço que merecemos. Isso prova o quão guerreiras são as mulheres, que podemos trabalhar com o que queremos. Em especial, as mulheres brasileiras estão muito bem no UFC, e isso me enche de orgulho.
Você não luta no Brasil desde 2015. Se sente bem lutando nos Estados Unidos?
Me sinto muito bem lutando nos Estados Unidos, especialmente aqui em Orlando. É a minha primeira vez por aqui, mas estou adorando. São muitos brasileiros na cidade, todos eles me tratando com muito carinho. A torcida estará grande no ginásio no sábado. Tive o prazer de estar com a Marta por aqui, e foi muito bom. Ela é uma referência mundial no futebol, um orgulho brasileiro. Tenho certeza que as energias positivas que ela me passou somadas à torcida brasileira aqui em Orlando me ajudarão bastante no octógono.