Discute-se muito atualmente a necessidade da presença de um executivo no departamento de futebol de um grande clube. Trata-se de uma figura relativamente nova, com aspecto eminentemente profissional. Talvez eu divirja, de certa forma, da opinião geral. Embora pense que o clube deva ter um executivo de futebol, não considero que deva ser a figura central ou proeminente no departamento.
Há muitos desses profissionais em diversos clubes. Aliás, quase todos têm essa função devidamente preenchida. Cito como exemplo Alexandre Mattos, consagrado no Palmeiras e por onde andou. Sempre com muitos recursos. ele contratou, se não estou enganado, quase uma centena de jogadores. O que não lhe tira o mérito, pois seus títulos são a prova de sua capacidade.
Rodrigo Caetano, talvez o mais conhecido executivo de futebol do país, teve essa visibilidade que o acompanha exclusivamente pela capacidade profissional e pelo trabalho muito bem sucedido, ao qual agregou o marketing pessoal e o reconhecimento necessário para ser disputado por clubes de grande projeção.
Uma peça da engrenagem
Enfim, é muito importante, repito, a presença do executivo de futebol na estrutura de um clube. Mas, penso, humildemente, que deva ser apenas uma peça de uma engrenagem bem azeitada. Os dois exemplos que citei, e há outros, são uma demonstração desse reconhecimento que quero expressar.
*Diário Gaúcho