Com a definição dos classificados à fase de grupos, gremistas e colorados viverão em 2020 os primeiros Gre-Nais da história da Libertadores. Será a primeira aparição do clássico gaúcho no maior torneio das Américas.
Embora Grêmio e Inter sejam debutantes neste quesito, outros clubes rivais do continente já experimentaram essa sensação. Abaixo, GaúchaZH lista as rivalidades mais vividas ao longo das 61 edições da competição:
1º) Peñarol x Nacional: 38 jogos
Os grandes clubes do Uruguai lideram o ranking, com 38 confrontos entre si. Até 1999, a fórmula da Libertadores colocava os representantes dos países na mesma chave, o que contribuiu para que o clássico de Montevidéu se repetisse em nove edições consecutivas ainda na fase de grupos (de 1966 a 1974). Ao todo, foram 15 empates, com 13 vitórias do Peñarol e 10 do Nacional.
O confronto mais decisivo ocorreu em 1983, quando os dois caíram no triangular final. O Peñarol, que era o atual campeão, venceu os dois confrontos e passou à decisão daquele ano. Porém, acabou derrotado pelo Grêmio, de Valdir Espinosa, na grande final.
2º) Olimpia x Cerro Porteño: 32 jogos
Assim como os uruguaios, o duelo entre os rivais do Paraguai só aconteceu no antigo formato da competição. O Olimpia leva a melhor nos histórico dos confrontos, tendo vencido 11 vezes, empatado 12 e perdido apenas 9. Entretanto, no duelo pelas quartas de final de 1993, foi o Cerro Porteño quem passou na disputa por pênaltis. A equipe, que tinha o ex-gremista Arce na lateral, acabaria eliminada já na fase seguinte pelo futuro campeão São Paulo.
3º) Boca Juniors x River Plate: 28 jogos
Embora tenham se cruzado três vezes nas últimas Libertadores, os grandes de Buenos Aires aparecem apenas em terceiro lugar. Os números do Superclássico argentino mostram o equilíbrio do confronto: 11 vitórias para o Boca Juniors, 10 vitórias para o River Plate (uma por conta do W.O., pelo gás de pimenta de 2015) e sete empates.
Entretanto, os "millonarios" podem se gabar por terem vencido o principal clássico dentre todos: a final de 2018, disputada em Madri, na Espanha.
4º) Colo-Colo x Universidad Católica: 16 jogos
O Colo-Colo tem uma rivalidade até mais bélica com a Universidad de Chile, mas foi contra a Católica que cruzou mais vezes no torneio continental. Além de ter maior número de vitórias (seis contra cinco), os colo-colinos levaram a melhor pelas quartas de final de 1997, quando acabaram sendo eliminados na semifinal pelo Cruzeiro.
5º) Universitario x Sporting Cristal: 14 jogos
Chamado de "Clássico Moderno", o confronto peruano nunca foi disputado por fase de mata-mata. Foram cinco vitórias do Universitario, três do Sporting Cristal e seis empates.
6º) Alianza Lima x Universitario – 12 jogos
O Universitario aparece mais uma vez no ranking, enfrentando seu tradicional rival de Lima, o Alianza. Ele novamente leva vantagem, com seis vitórias, quatro empates e apenas derrota.
7º) Barcelona x Emelec: 11 jogos
Os rivais de Guayaquil protagonizaram um duelo muito equilibrado, com quatro vitórias para cada lado e três empates. Em 1990, porém, depois de duelarem na fase de grupos, os dois voltaram a se enfrentar nas quartas de final, com o Barcelona alcançando a classificação. O time equatoriano chegaria à decisão, sendo derrotado pelo Olimpia-PAR.
8º) Bolívar x Oriente Petrolero: 10 jogos
Com todos as partidas entre os bolivianos tendo sido disputadas ainda na primeira fase, o Bolívar obteve mais vitórias — cinco contra apenas duas do Oriente Petrolero.
9º) São Paulo x Palmeiras – 8 jogos
Além de ter sido o primeiro, em 1974, o "Choque-Rei" é o confronto brasileiro que mais se repetiu na história da Libertadores. A vantagem é toda do São Paulo, que jamais perdeu: foram seis vitórias e dois empates. Dois dos confrontos ocorreram quando o clube do Morumbi se sagrou campeão: em 1994 e 2006, ambas pelas oitavas de final.
10º) Palmeiras x Corinthians - 6 jogos
Apesar de ter três vitórias para cada lado, os palmeirenses ostentam a classificação no maior duelo entre ambos. Pelas quartas de final de 1999, o time de Felipão bateu o arquirrival nos pênaltis, consagrando o goleiro Marcos. A equipe viria a ser campeã na sequência ao bater o Deportivo Cali.