Com a classificação do Inter ao Grupo E da Libertadores, que tem o Grêmio como cabeça de chave, os gaúchos irão experimentar pela primeira vez a rivalidade no maior torneio da América do Sul.
Em outros países, o duelo entre clubes rivais é mais comum — seja entre uruguaios (Peñarol x Nacional), paraguaios (Olimpia x Cerro Porteño) e principalmente argentinos (Boca Juniors x River Plate). No Brasil, até hoje, apenas paulistas e cariocas vivenciaram isso. Agora será a vez do Gre-Nal, que se tornará o sexto clássico brasileiro jogado pela competição continental.
São Paulo x Palmeiras
O conhecido "Choque Rei" foi o primeiro clássico brasileiro a ser disputado em uma Libertadores e se repetiu seis vezes. Para desespero dos palmeirenses, o São Paulo levou a melhor, com cinco vitórias e apenas um empate.
O duelo inicial se deu em 1974, quando os dois rivais paulistanos caíram na fase de grupos. O Tricolor do Morumbi, que foi vice-campeão naquele ano ao perder o título para o Independiente-ARG, ganhou os dois jogos — por 2 a 0, em casa, e 2 a 1, como visitante.
Em 1994, os dois voltaram a se enfrentar pelas oitavas de final. O Palmeiras, de Vanderlei Luxemburgo, era o último campeão brasileiro, mas o São Paulo, de Telê Santana, ostentava o bicampeonato continental e mundial. No Pacaembu, Zetti garantiu o empate por 0 a 0. No Morumbi, vitória tricolor por 2 a 1, com dois gols de Euller — Evair, de falta, descontou nos minutos finais. Novamente, o Tricolor chegaria à decisão e perderia a taça para um argentino: o Vélez Sarsfield.
O último duelo entre ambos se deu em 2005, ano do tricampeonato da Libertadores do São Paulo. Logo, o Palmeiras ficou pelo caminho mais uma vez. Primeiro, perdeu em casa por 1 a 0, com gol de Cicinho. Na volta, perdeu por 2 a 0, com gols de Cicinho e Rogério Ceni, de falta.
1974 (fase de grupos)
São Paulo 2x0 Palmeiras
Palmeiras 1x2 São Paulo
1994 (oitavas de final)
Palmeiras 0x0 São Paulo
São Paulo 2x1 Palmeiras
2005 (oitavas de final)
Palmeiras 0x1 São Paulo
São Paulo 2x0 Palmeiras
Palmeiras x Corinthians
A vingança palmeirense foi feita sobre o Corinthians. Dos seis duelos entre os dois, foram três vitórias para cada lado, mas duas classificações em favor do Palmeiras.
Em 1999, os rivais se encontraram ainda na fase de grupos. No primeiro jogo, vitória do Palmeiras de Felipão por 1 a 0. No segundo, do Corinthians de Luxemburgo por 2 a 1. Mas as equipes se cruzaram outra vez nas quartas de final e, como cada um venceu seu jogo como mandante por 2 a 0, o duelo foi definido nos pênaltis. Foi aí que surgiu a estrela do goleiro Marcos, classificando o time alviverde, que acabaria se sagrando campeão continental pela primeira vez.
Na edição seguinte, pela semifinal, os dois voltaram a se encontrar. Após vitória corintiana por 4 a 3, os palmeirenses devolveram com um 3 a 2 e levaram a decisão mais uma vez para as penalidades. E deu Marcos de novo, ao defender a cobrança de Marcelinho. A situação do Corinthians só foi amenizada porque, desta vez, o Palmeiras de Celso Roth acabou derrotado na final pelo Boca Juniors.
1999 (fase de grupos)
Palmeiras 1x0 Corinthians
Corinthians 2x1 Palmeiras
1999 (quartas de final)
Palmeiras 2x0 Corinthians
Corinthians 2x0 Palmeiras (pênaltis: 2x4)
2000 (semifinal)
Corinthians 4x3 Palmeiras
Palmeiras 3x2 Corinthians (pênaltis: 5x4)
Corinthians x Santos
O Corinthians foi mais feliz contra o adversário do litoral paulista. Em 2012, o time comandado por Tite eliminou o Santos, atual campeão da Libertadores, na semifinal.
No jogo de ida, vitória por 1 a 0, em plena Vila Belmiro, com gol de Emerson Sheik. Na volta, no Pacaembu, Neymar chegou a abrir o placar, mas Danilo decretou o empate por 1 a 1 e a classificação. Os corintianos seriam campeões daquela edição ao bater o Boca Juniors na final.
2012 (semifinal)
Santos 0x1 Corinthians
Corinthians 1x1 Santos
São Paulo x Corinthians
Corintianos e são-paulinos se enfrentaram pela fase de grupos da Libertadores de 2015. No primeiro jogo, o Corinthians de Tite levou a melhor, jogando em casa, vencendo por 2 a 0, com gols de Elias e Jadson.
No segundo duelo, no Morumbi, Michel Bastos e Luís Fabiano devolveram o mesmo placar e classificaram o São Paulo às oitavas de final. No entanto, nenhum dos dois iria longe. O time de Tite cairia para o Guarani-PAR, enquanto o de Muricy Ramalho acabou eliminado para o Cruzeiro.
2015 (fase de grupos)
Corinthians 2x0 São Paulo
São Paulo 2x0 Corinthians
Fluminense x Vasco
O único clássico fora do Estado de São Paulo disputado até hoje envolveu cariocas. Em 1985, Fluminense e Vasco, que fizeram a final do Brasileirão um ano antes, estavam na fase de grupos ao lado de Argentinos Juniors e Ferro Carril, da Argentina. No primeiro confronto, empate por 3 a 3. Os gols vascaínos foram de Nenê (duas vezes) e Roberto Dinamite, os do tricolor saíram dos pés de Romerito (duas vezes) e Leomir. No outro duelo, empate por 0 a 0.
Apesar de toda a rivalidade, nenhum deles se classificou à fase seguinte. Àquela época, somente o líder da chave passava adiante e quem teve a competência foi o Argentino Juniors, quem inclusive conquistou a taça.
1985 (fase de grupos)
Fluminense 3x3 Vasco
Vasco 0x0 Fluminense