A eternidade da invencibilidade colorada durou 16 jogos. O limite foi encontrado diante do Flamengo, no domingo (1º). Junto, o sonho pueril do tetra do Brasileirão acabou com a derrota por 3 a 2, no Maracanã.
Ainda que a partida tenha dado cabo à maior sequência sem derrota na Era dos pontos corridos, o sentimento era de orgulho no ambiente do Inter. Orgulho por um time ter saído da segunda metade da tabela, de olho no retrovisor para não flertar com o Z-4, passou a escalar posições e olhar para frente olhando o topo. A matemática só abandonou Roger Machado e seu elenco a 180 minutos do fim do campeonato.
Havia uma satisfação também pelo brio que o time demonstrou no Rio de Janeiro. Após levar três gols no primeiro tempo, mostrou poder de reação, resiliência e encurtou a diferença. Todo o contexto, fez com que a análise de Roger após a partida fosse carregada de satisfação.
— (A derrota) não invalida nada do que a gente fez até agora. É um grande ano. Alimentamos o sonho de vencer hoje (domingo) e seguir vivo. Porque é assim que a gente vive. A gente vive de objetivos conquistados e buscados. A possibilidade se encerra hoje (domingo). Agora, é o desejo de colocar o clube na posição mais alta possível no campeonato. Convenhamos, 16 jogos sem perder é algo que precisamos comemorar, mas aprender também — enfatizou.
Na ponta do lápis, o mais alto possível ainda é a segunda colocação. Com a derrota, o Inter parou nos 65 pontos e está na quarta colocação. Com seis pontos em disputa, pode chegar aos 71 e ultrapassar o Palmeiras, segundo colocado com 70 pontos. No pior dos cenários, terminará em sexto, mas garantido na fase de grupos da Libertadores.
Na quarta-feira (4), o Inter recebe, no Beira-Rio, o campeão da América Botafogo. Na rodada final, o adversário será o Fortaleza em uma disputa direta por uma posição mais alta na tabela.
— Fizemos uma competição de recuperação. Para mim, fica o segundo tempo que tivemos melhor controle. Fica o orgulho de ver esse time que não se entrega nunca apesar das adversidades — disse Roger.
Foram dois Inter diferentes no Maracanã. No primeiro tempo, teve dificuldades para sair jogando e para controlar o ataque adversário. Michael, duas vezes, e Léo Ortiz, fizeram 3 a 0 em um espaço de 12 minutos, entre os 28 e os 40 do primeiro tempo. No segundo, emergiu do vestiário uma equipe com poder ofensivo. Wesley e Valencia descontaram.
— A gente entrou um pouco abaixo no primeiro tempo. Sabemos como é difícil jogar aqui e entramos desligados. Se a gente tivesse entrado mais ligado, poderíamos ter saído com um resultado mais positivo — analisou Wesley.
Na quarta-feira, colorados e Inter fazem o seu último encontro do ano no Beira-Rio, em mais uma oportunidade de Roger e sua equipe falarem de orgulho pela arrancada no final do ano, mesmo que o grito de campeão ficará empedrado na garganta do torcedor por mais algum tempo.
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