Solucionar os problemas ofensivos é uma das principais tarefas do Inter no duelo desta quarta-feira (19), às 21h30min, diante do Corinthians, pela 10ª rodada do Brasileirão. Com apenas seis gols marcados em sete partidas disputadas, o Colorado tem o pior ataque da competição, empatado com Grêmio e Fortaleza, e tenta reagir para subir na tabela — atualmente é o 10º colocado. Para isso, Coudet deverá formar o time titular com o melhor que tem à disposição.
Dos seis gols marcados pelo Inter no Brasileirão, dois deles foram na vitória sobre o Bahia, na primeira rodada, um no empate com o Atlético-GO e outro na derrota para o Vitória. Até as vitórias foram magras: 1 a 0 no Palmeiras e 1 a 0 no Cuiabá.
Além de estar desfalcada de suas principais peças (Enner Valencia e Rafael Santos Borré estão com suas seleções na Copa América e Alan Patrick lesionado), a equipe encontra dificuldades na criação e na conclusão das oportunidades. Em sete jogos, o Inter finalizou 95 vezes — uma média de 13,6 por jogo, conforme o Sofascore. No gol, a média é de apenas quatro por partida.
— Se esse time tem um déficit é a efetividade nas finalizações. Trabalhamos nisso o tempo todo. Chegamos muito no último terço, mas com muitos cruzamentos. Tivemos dificuldade com a referência — explicou o técnico colorado após o empate em Criciúma, contra o São Paulo.
Como superar?
Lucas Alario, contratado justamente para ser uma alternativa neste período do ano em que Valencia e Borré estão fora, balançou as redes na Sul-Americana, mas ainda não conseguiu no Campeonato Brasileiro.
Na ausência do argentino, como ocorreu diante do São Paulo, a responsabilidade de ser a referência no ataque foi do jovem Lucca, que não deu certo, conforme Coudet.
— O investimento teve foco em jogadores importantes e repatriados, como o caso do Alario. Isso não é uma coisa fácil. Tem uma série de fatores que influenciam nesse desempenho, como a condição física e o histórico de lesões. Precisa de tempo, trabalho e adaptação. Por isso que, às vezes, os resultados não aparecem — afirma Christian, ex-centroavante e ídolo colorado.
Para ele, outro fator que atrapalhou o time foi paralisação dos treinamentos e jogos em razão da enchente no RS.
— O momento de incerteza atrapalhou o Inter. Infelizmente as coisas aconteceram dessa maneira. Se tornou um ano atípico e muito difícil. A solução é dar condições para os jogadores renderem o esperado, sem o time correr risco de rebaixamento — destaca.
Desta vez como mandante em Florianópolis, o Inter terá o desfalque do zagueiro Vitão, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Igor Gomes e Robert Renan disputam um espaço no setor ao lado de Gabriel Mercado. Poupados contra o Vitória, Bustos e Renê devem voltar às laterais, assim como os volantes Fernando e Bruno Henrique.
Também vale para o atacante Wesley, que saiu do banco na derrota em Salvador. No setor ofensivo, Hyoran deve ser mantido como articulador ao lado de Alario. Sendo assim, Lucca ficará mais uma vez como alternativa para o segundo tempo, assim como o garoto Gustavo Prado.
— Os dois são bons jogadores. Por isso tenho certeza de que os gols vão acontecer. Lucca é um menino que trabalha muito, tem bastante força física. Cabe ao treinador encaixar da melhor maneira. O Alario é mais fixo, que precisa dos demais se aproximando para fazer o pivô ou uma tabela — afirma Christian.