Classificado para enfrentar o Rosario Central nos playoffs da Copa Sul-Americana, o Inter guardará o passaporte pelos próximos 34 dias, período em que se dedicará às competições nacionais, com oito jogos pelo Brasileirão, o primeiro deles na quinta contra o São Paulo, e dois pela Copa do Brasil diante do Juventude. As próximas semanas continuarão em ritmo itinerante devido aos estragos sofridos pelo Beira-Rio durante a enchente.
A primeira parada será em Criciúma. A partida diante do Tricolor paulista será com mando colorado e disputada no Heriberto Hulse. O trabalho para colocar a casa do Inter a pleno funcionamento novamente está 33% concluído, de acordo com o presidente Alessandro Barcellos.
Há a expectativa de que o Inter retorne ao seu campo em julho, mas ainda não existe uma data definida. Até a retomada da normalidade, as sedes dos jogos como mandante serão definidas individualmente. Como visitante, o Inter jogará em Salvador, Curitiba (Gre-Nal), Criciúma, Bragança Paulista e Caxias do Sul.
— Nós traçamos um objetivo inicial. Montamos um comitê de crise. Esse projeto foi desenhado. Estamos dentro do cronograma, até avançados. Mas é muito prematuro dar uma data — explicou Barcellos.
Após a classificação no sufoco no 1 a 0 sobre o Delfín, no sábado (9), no Alfredo Jaconi, o técnico Eduardo Coudet tratou de escudar o seu trabalho com estatísticas. Ressaltou os índices de posse de bola de sua equipe, o número de finalizações realizadas e sofridas na Copa Sul-Americana e a campanha do ano.
Com dois jogos a menos do que Flamengo e Bahia, os ponteiros do Brasileirão, o Inter tem os mesmos 66% de aproveitamento de cariocas e baianos. O quadro, apesar da maratona de jogos, faz Coudet sonhar.
— Cada vez que perde parece uma catástrofe. Perdemos três jogos no ano (Guarany de Bagé, Belgrano e Athletico-PR). Pouco, não? Sei que tem expectativa. Vou para casa beber cerveja e sonhar que se vencermos os dois jogos atrasados nós seremos líderes — disse, otimista.
A logística da última semana, com viagem a Cuiabá e à Bolívia, fez até o argentino comemorar que a próxima partida será na quinta-feira (13) e disputada em Santa Catarina, o que facilita o deslocamento da delegação. O desgaste da retomada após um mês de pausa foi enfatizado pelo comandante:
— A sequência vai ser dura, mas vamos brigar. Estamos convencidos. Vamos ter momentos mais difíceis do que outros, com o físico e as viagens, até nos acomodarmos no CT e nosso estádio. Até lá, estaremos jogando sempre como visitantes.
Mesmo que a atuação contra o Delfín tenha ficado abaixo da expectativa por parte do torcedor, o único lamento do treinador foi em relação ao adversário, muito mais por questões sentimentais do que futebolísticas. O Rosario Central foi o clube em que Coudet iniciou a carreira de técnico, além de ter defendido como jogador.
— Era o único lugar onde eu não queria ir. Encontrarei um clube que amo. Minha gente. Sempre é difícil enfrentá-los. Seguramente vão ser duas partidas com um clima espetacular, como se fossem duas finais — revelou.
Mas até lá, Coudet terá uma imersão pelo Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.
A maratona de jogos
- 13/6 - Inter x São Paulo (Brasileirão)
- 16/6 - Vitória x Inter (Brasileirão)
- 19/6 - Inter x Corinthians (Brasileirão)
- 23/6 - Grêmio x Inter (Brasileirão)
- 26/6 - Inter x Atlético-MG (Brasileirão)
- 30/6 - Criciúma x Inter (Brasileirão)
- 3/7 - Inter x Juventude (Copa do Brasil)
- 8/7 - Inter x Vasco (Brasileirão)
- 10/7 - Bragantino x Inter (Brasileirão)
- 13/7 - Juventude x Inter (Copa do Brasil)