Alessandro Barcellos negou que o Inter esteja utilizando o dinheiro do contrato com a Liga Forte Futebol (LFF) para realizar as contratações da temporada 2024. Conforme o presidente colorado, em entrevista ao programa Bola nas Costas, da Rádio Atlântida, o investimento faz parte de uma reformulação no planejamento financeiro do clube.
— Foi para pagar dívidas. Esse pagamento nos abre espaço para fazer créditos. Muitas das contratações serão pagas ao longo do ano, todas são parceladas. Foram com o fluxo de caixa novo, remodelado pelo trabalho que está em curso. Dívida é uma coisa, investimento é outra. Estamos enfrentando isso — disse Barcellos, que complementou:
— Têm clubes do futebol brasileiro que estão fazendo isso, pegando dinheiro e torrando. Nós, não. Aconteceu com Everton Ribeiro e Jean Lucas, batemos no teto.
Em 2024, o Inter já fechou as contratações do goleiro Ivan, do zagueiro Robert Renan, o meia Hyoran e os atacantes Lucas Alario e Rafael Santos Borré. Os primeiros quatro já estrearam, enquanto o colombiano chegará até julho, quando encerra seu empréstimo com o Werder Bremen.
Sem um desfecho positivo na negociação por Fernando, que desistiu de fechar pelo Inter em razão de um problema familiar, a direção colorada volta suas atenções para fechar com Thiago Maia, volante do Flamengo. Questionando sobre a possibilidade da chegada de mais reforços, Barcellos indicou que o clube está buscando, porém é necessário respeitar o limite financeiro.
— Um, dois… (chegada de mais nomes). No futebol temos que estar preparados para tudo. Nossa folha tem um limitador e não vamos ultrapassar. Nossa janela é de uma eficiência gigantesca — explicou Barcellos.
Período na Alemanha
Para conseguir concluir a contratação de Borré, Alessandro Barcellos esteve sete dias na Alemanha. Além do acordo com o Frankfurt e a tentativa de liberação do Werder Bremen, o período serviu para convencer a família do colombiano da transferência para Porto Alegre e superar a concorrência de Corinthians e River Plate.
— A partir de setembro do ano passado, começamos a encontrar a viabilidade. Havia uma questão financeira com o Borré para destravar, mas a conversa com o jogador foi muito importante. Ele quer vir pra Porto Alegre. Nossa ida para lá foi também para conviver, conquistar a família. Isso é fundamental nas negociações — afirmou o presidente colorado.