Um dos destaques do Inter na classificação diante do River Plate, Johnny parece viver uma nova fase. Revelado em 2020, o volante teve uma trajetória de altos e baixos com a camisa colorada. Desde a chegada de Eduardo Coudet, no entanto, virou titular absoluto e tem repetido boas atuações na primeira função do meio-campo idealizado pelo técnico argentino.
— Requer um tempo para adaptação (modelo de Coudet). Vejo que estamos nos adaptando muito rápido. Estamos chegando no 100% de entendimento. Só temos a evoluir com o decorrer dos jogos. Com o Mano, eu jogava mais avançado. Tenho essa versatilidade. Com o Coudet, na primeira passagem já tinha jogado (em uma função mais defensiva). Com a confiança que ele me passa fica mais fácil — destacou.
Além do desempenho apresentado durante os 90 minutos, coube a Johnny cobrar um dos pênaltis que culminaram com a vaga nas quartas de final da competição continental. Mesmo sendo um dos mais jovens do elenco, com 21 anos, ele não fugiu da responsabilidade.
— Foi uma noite especial. Ainda estou em êxtase. Foi uma classificação muito importante. Viver tudo o que vivemos, foi muito especial. Fui dormir realizado. Com toda certeza (foi jogo mais movimentado). Eu vim da base. Nesses jogos assim, me sinto um torcedor dentro de campo. Não poderia terminar melhor a noite.
O meio-campista falou a respeito dos erros de arbitragem cometidos pelo árbitro da partida, o uruguaio Andrés Matonte:
— Estávamos muito preparados. Estávamos muito confiantes. Sabíamos que não podíamos cair no jogo deles (River Plate), nem nas decisões de juiz, ainda mais em uma Libertadores, com a tensão lá em cima. Estávamos muito confiantes, independentemente dos erros.
Johnny também comentou sobre a mobilização da torcida colorada, que esgotou os ingressos com antecedência e promoveu a tradicional "Ruas de Fogo" para receber a delegação na chegada ao Beira-Rio.
— Eu pessoalmente fico com a cabeça focada no jogo. É aquele extra, aquela vontade a mais que a gente tira dentro de campo. Isso vem desse apoio da torcida. Foi incrível. No trajeto, até entrar no estádio, vai passando um filme na cabeça. Lógico que isso também passa confiança para dentro de campo. É uma paixão que contagia e que nos deu essa vontade a mais para conseguir a classificação — ressaltou.
Seguidamente apontado como um atleta que mais desperta interesse do futebol do Exterior, Johnny preferiu deixar o assunto em segundo plano.
— Deixo esse papel com o meu empresário e com o meu pai. Fico tranquilo quanto a isso. Meu foco é no Inter. Venho vivendo o meu melhor momento. Tento não pensar — finalizou.