Reforço colorado e com a expectativa de estreia na próxima rodada do Brasileirão diante do Fluminense, domingo (9), às 16h, no Maracanã, Enner Valencia concedeu entrevista para a imprensa equatoriana, em que falou sobre seus primeiros dias em Porto Alegre.
Na conversa com o jornalista Andrés Guschmer, da Claro TV Equador, o atacante ressaltou sua surpresa com a forma com foi recebido pela torcida do Inter e disse que ainda tenta assimilar o que sua chegada ao Beira-Rio representa. O atacante também falou como entende ser a melhor forma de jogar na equipe de Mano Menezes.
Enner Valencia foi apresentado com festa no Gigantinho na última segunda-feira (26) diante de cerca de 10 mil colorados. O atacante revelou que havia pedido durante as conversas de sua negociação que não houvesse uma grande cerimônia em sua chegada, mas se disse orgulhoso do que viu. Valencia também admitiu que ainda assimila o que sua contratação representa para o clube.
— Não esperava (o recebimento). Quando foram à Turquia, disse que queria algo simples, não queria nada grande, mas depois chegar aqui e ver o carinho da torcida foi impressionante. Ainda não assimilei. Estou entrando o ritmo do que vai ser o Inter, do carinho e de como se vive o futebol no Brasil. No dia a dia vou me dar conta do que viverei aqui — contou.
Valencia admitiu que deixar a Europa em bom momento para voltar à América do Sul é uma decisão pouco comum. Ele afirmou, porém, que o projeto apresentado pelo Inter tornou a proposta irrecusável.
— Quando você está na América do Sul sempre quer ir para a Europa, então voltar de lá é difícil. Mas aí quando te apresentam um projeto tão bom quanto esse não se pode ter dúvidas. A apresentação foi tão linda e creio que assim me convenceram de vez — declarou.
Posicionamento
Valencia chega ao Brasil após ter feito sua temporada mais goleadora na carreira. Em 48 jogos, ele marcou 33 gols pelo Fenerbahçe. Ao ser questionado sobre como deve jogar no Inter, o equatoriano disse que pode atuar em todas as funções do ataque, mas admitiu a preferência por seguir com um posicionamento parecido com o que tinha na Turquia. Com o técnico Jorge Jesus, Valencia vinha formando uma dupla de ataque com o belga Batshuayi.
— Adoraria continuar como vinha jogando no meu clube anterior. Sem nenhuma dúvida me deu muitos bons resultados. Vou conversar com o treinador (Mano Menezes) e estarei à disposição onde ele precisar do meio para frente. Estou disponível para jogar onde ele precisar — reforçou.
Curiosamente, atuar pela faixa central do ataque não é o posicionamento original de Valencia. Extrema no começo da carreira, o jogador admitiu que teve dúvida sobre sua adaptação a essa função quando foi colocado para atuar assim na seleção equatoriana com o técnico Reinaldo Rueda, que teve passagem pelo Flamengo em 2017.
— Eu lembro que no Emelec não estava jogando, mas o (Reinaldo) Rueda me levava para a seleção. Por isso sempre serei agradecido a ele. Rueda e (Gustavo) Quinteros começaram a me colocar como atacante. Eu sempre havia sido extremo pela direita ou esquerda, mas depois disso, quando os jogos passam, você se dá conta que pode ir bem como extrema ou por dentro. Quando o treinador te dá confiança, por aí sai o melhor jogador — completou.