A decisão pelo retorno de Eduardo Coudet não se deu apenas pelo bom relacionamento do treinador com o presidente Alessandro Barcellos. A lembrança de um Inter vocacionado ao ataque contrasta com o atual momento da equipe. A esperança é de que, com a chegada de reforços e a mudança na filosofia de jogo, o time possa melhorar suas estatísticas ofensivas.
Em 2020, quando o argentino deixou o Beira-Rio rumo ao Celta de Vigo, da Espanha, após a 20ª rodada, o Colorado era vice-líder do Brasileirão. O time também tinha o quarto melhor ataque, com 32 gols marcados — atrás do Atlético-MG de Jorge Sampaoli (35), do São Paulo de Fernando Diniz (34) e do Flamengo de Domènec Torrent (33).
Agora, passadas 15 rodadas sob o comando de Mano Menezes, além de ocupar um modesto 11° lugar na tabela, a equipe tem o terceiro pior ataque da competição nacional, com apenas 13 gols marcados — um gol a mais do que o Corinthians e dois a mais do que o Vasco, ambos com uma partida a menos.
A justificativa para estes números poderia ser a falta de pontaria dos atacantes, mas, segundo o site Footstats, o Inter é o segundo clube que menos chutou ao gol adversário. Até então, foram 58 finalizações certas — uma a mais do que o Corinthians.
Além disso, o time colorado também aparece no rodapé do ranking de cruzamentos certos (18°, à frente de Flamengo e Corinthians) e lançamentos certos (19°, somente superando o Grêmio).
Com apenas três dias para treinar o elenco, Coudet tem estreia agendada para as 16h deste domingo (23), contra o Bragantino, no interior paulista. Apesar de ser um tempo escasso para promover uma revolução na forma de jogar, a expectativa é que um "novo Inter" comece a dar as caras no Estádio Nabi Abi Chedid.