Impactado pela lesão de Bustos, o técnico Mano Menezes desenvolveu um esquema tático alternativo para deixar o Inter mais ofensivo pelas pontas. A ideia, já utilizada no segundo tempo em duas partidas recentes, consiste na adoção de uma formação com três defensores e a improvisação do atacante Pedro Henrique como ala pela direita.
Na avaliação do treinador, este esquema novo deu resultado tanto na vitória por 2 a 1 sobre o CSA, pela Copa do Brasil, como no triunfo por 1 a 0 sobre o Metropolitanos, pela Copa Libertadores. A substituição chave para a execução desta ideia é a entrada do lateral-esquerdo ofensivo Thauan Lara no lugar do lateral-direito defensivo Igor Gomes. Com isso, Renê vira uma espécie de terceiro zagueiro pela esquerda.
— A gente utiliza uma linha de três com o Pedro como ala pela direita e o (Thauan) Lara como ala pela esquerda. E aí trazemos um atacante da esquerda mais para dentro. É o que o Wanderson faz. Com isso, ganhamos força e passagem pelos dois lados. O time realmente resolveu dois jogos (CSA e Metropolitanos-VEN) desta maneira — opina Mano Menezes.
A ideia dos três zagueiros e dos alas vem sendo treinada como uma alternativa para deixar o Inter mais ofensivo no segundo tempo, quando necessário. Com algumas alterações, dependendo das circunstâncias do jogo, o time neste modelo tem a seguinte escalaçã0-base: Keiller; Vitão, Mercado e Renê; Pedro Henrique, Campanharo (Johnny/Baralhas), De Pena, Alan Patrick e Thauan Lara; Wanderson e Luiz Adriano (Alemão).
— É uma alternativa que eu pensei para resolver os problemas momentâneos quando o Bustos está fora e nós perdemos uma passagem forte pela direita. É o que o técnico tem que fazer: tentar encontrar soluções para ganhar jogos. Acho que funcionou nestes dois últimos — finalizou Mano.