Foi pouco? Foi. Foi mais sofrido do que deveria? Foi. Foi insuficiente para aplacar a insatisfação da torcida? Foi. O 2 a 1 com doses de sofrimento foi o máximo que o Inter extraiu do confronto contra o CSA, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. A vitória de virada não bastou para que a desconfiança sobre o time se desfizesse entre os presentes no Beira-Rio. Após sair perdendo, Alan Patrick, com dois gols, foi o principal responsável para deixar os colorados em vantagem para o segundo confronto.
A partida de volta será no dia 27, em Maceió. O clube gaúcho jogará pela vitória ou pelo empate para avançar. Vitória do CSA por um gol leva a decisão da vaga para os pênaltis. Triunfo por dois ou mais gols, significa a classificação alagoana.
Mesmo que tenha atendido o desejo do torcedor que queria ver Wanderson, Pedro Henrique e Luiz Adriano juntos, Mano Menezes não conseguiu fazer o time repetir os melhores desempenhos sob o seu comando. Não foi contra o CSA que a atuação para servir de modelo para o restante da temporada se cristalizou. PH entrou na vaga de Mauricio, com um problema no quadril. Na lateral, Matheus Dias foi improvisado devido às ausências de Bustos e Mário Fernandes, lesionados.
Desde o apito inicial, o treinador colorado viu que a noite não seria das mais serenas. A saída de bola ensaiada não foi bem executada e com segundos de jogos, ele esbraveja no banco de reservas. Instantes depois, pênalti em Baralhas, assinalado somente com o auxílio do VAR. Pedro Henrique cobrou forte, à meia altura, e o goleiro Dalberson defendeu, aos 6 minutos.
O ponto mais baixo ainda estava por vir. Quando o relógio apontava 9 minutos, os alagoanos encaixaram jogada pela esquerda. O cruzamento encontrou o centroavante Gabriel Taliari livre. O atacante chutou mascado, enganando Keiller: 1 a 0 CSA.
Foi o estopim para as vaias. Um passe errado. Um toque para trás. Um atraso para repôr a bola. Falta de objetividade. Tudo era motivo para reclamações veementes nas arquibancadas. Keiller foi o alvo preferido.
Acabou o jejum do Inter
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Sem alternativa, o Inter tentou atacar. Quando avançou com maior perigo, saiu o empate, aos 23 minutos. De Pena cruzou da esquerda para Alan Patrick marcar. Mano comemorou pedindo o apoio da torcida. O máximo oferecido foi uma mistura de ranço em certos momentos com um pouco de ânimo em outros.
Nos acréscimos, Keiller salvou em chute cruzado. Fim da trégua. Vaias e pedidos de raça enquanto os visitantes trocaram passes por mais de um minuto.
No intervalo, uma engenharia foi promovida no time colorado. Baralhas não voltou para o segundo tempo. Thauan Lara entrou no seu lugar, o que fez Renê virar zagueiro, Vitão lateral-direito e Matheus Dias como volante. Se o primeiros 45 começaram com nada dando certo, na etapa final o quadro melhorou.
O Inter decepciona até quando vence
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A virada se concretizou aos 5 minutos. Após jogada de Pedro Henrique, Alan Patrick bateu no canto para deixar o Inter em vantagem. A fúria da torcida voltou a arrefecer. Aplauso verdadeiro mesmo somente para Alan Patrick, quando o camisa 10 foi substituído aos 18 minutos, sentindo lesão. Pouco antes, o CSA quase empatou, mas a cabeçada, após cobrança de escanteio, parou na trave de Keiller.
O goleiro ainda fez milagre nos minutos finais, evitando o empate, mas não evitando a irritação dos colorados ao final do jogo. Entre os dois lances, o time colorado mostrou pouca força para conseguir ampliar a vantagem.
A frequente dependência do Inter pelas atuações de Alan Patrick
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Agora, o Inter volta as suas atenções para o Brasleirão e Libertadores. No sábado (15), a estreia no torneio nacional será contra o Fortaleza, fora de casa. Na próxima terça (18), o adversário será o Metropolitanos-VEN, pela segunda rodada da competição continental. Antes de reencontrar o CSA, ainda terá um confronto contra o Flamengo no meio do caminho.
Copa do Brasil - 3ª fase 11/4/2023
INTER
Keiller; Matheus Dias (Johnny, 35’/2ºT), Vitão, Mercado e Renê; Baralhas (Thauan Lara, int.) e De Pena; Alan Patrick (Lucca,18’/2ºT); Pedro Henrique (Lucas Ramos, 25’/2ºT), Luiz Adriano (Alemão,25’/2ºT) e Wanderson.
Técnico: Mano Menezes
CSA
Dalberson; Cedric, Ednei, Rafael Forster e Rhuan; William Oliveira, Bruno Mathias, Moisés (Almir Luan, 42'/2ºT), Tomas Bastos (Yago Henrique, 24'/2ºT) e Thiaguinho (Arnaldo,24'/2ºT); Robinho (Iago Teles, 14’/1ºT) e Gabriel Taliari (Jô, 42'/2ºT).
Técnico: Vinicíus Bergantin
GOLS: Gabriel Taliari, aos 9, e Alan Patrick, aos 23min do 1ºT e aos 5min do 2ºT
CARTÕES AMARELOS: Baralhas, Mercado, Vitão,Lucca e De Pena (I), Thiaguinho, Rafael Foster, Cedric e Gabriel Taliari (C)
ARBITRAGEM: Yuri Elino Ferreira da Cruz, auxiliado por Luiz Claudio Regazone e Michael Correia (trio carioca); VAR: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro
PÚBLICO: 19.024 (16.397 pagantes)
RENDA: R$ 268.618
LOCAL: Estádio-Beira-Rio
Próximo jogo
Brasileirão - 1ª rodada
15/4/2023 - 18h30min
Fortaleza x Inter