Apesar de ter uma conversa avançada com o atacante Brian Rodríguez, o modelo de negócio apresentado pelo Inter ao Los Angeles FC dificulta um desfecho positivo da transferência. Conforme apurou GZH, os americanos não estão dispostos a liberar o jogador por empréstimo, e a tratativa está completamente travada.
A situação não é um capricho do clube, mas uma adaptação ao cenário da Major League Soccer (MLS), que rege a competição nacional. Desta forma, para ter o uruguaio, o Colorado teria de apresentar uma oferta de compra, ou convencer os dirigentes americanos a emprestá-lo. O empecilho é que, neste último caso, o Los Angeles FC ficaria impedido de repor sua saída.
— Existem questões de trâmites da MLS que seguram um pouco as negociações. Não é segredo para ninguém que estamos em busca de um extrema pela direita, nós falamos isso desde o fim do ano passado — comentou o vice-presidente de futebol colorado Emílio Papaleo Zin, em entrevista à Rádio Gaúcha há uma semana.
Para tornar o campeonato competitivo, o regulamento da MLS prevê um teto salarial aos clubes envolvidos. Em 2007, foi criada a "Lei Beckham", que permite a contratação de uma estrela com valores superiores — os chamados "jogadores designados". Mais recentemente, em 2014, a regra foi flexibilizada ainda mais, tornando possível que dois "jovens designados" fossem comprados, completando assim três atletas que não contam para o teto, o que permite aos times americanos serem mais competitivos no mercado internacional.
No caso do Los Angeles FC, Rodríguez é um dos "jovens designados", ao lado do centroavante uruguaio Diego Rossi, completando o rol com o experiente atacante mexicano Carlos Vela.
Assim, o clube só poderá contratar um novo jogador de destaque caso se desfaça de um deste trio. No entanto, o empréstimo não contabiliza como transferência. Por isso, a insistência dos dirigentes americanos em só abrir mão de Rodríguez caso o Inter apresente uma proposta de compra.