Um time que ainda nem existe é o novo trabalho de Miguel Ángel Ramírez, técnico que foi demitido pelo Inter em junho. Nesta semana, o espanhol de 36 anos acertou a ida para o Charlotte FC, time de expansão da Major League Soccer que começará a jogar na temporada 2022.
O processo de expansão da MLS é comum — e segue o modelo adotado pelas grandes ligas profissionais dos esportes americanos. Como é uma liga fechada, sem rebaixamento ou ascensão, o campeonato tem um número fixo de times, o que só se altera quando os donos aceitam a entrada de um novo membro.
E a MLS está em processo de pleno crescimento. Atualmente, já tem 27 franquias — a mais recente, o Austin FC, começou a jogar em 2021. O Charlotte FC é uma franquia concedida no fim de 2019 ao bilionário David Tepper, dono do Carolina Panthers, da NFL, e jogará no mesmo estádio do time de futebol americano.
Por enquanto, o elenco do Charlotte tem apenas seis jogadores — quatro deles foram emprestados para que não fiquem inativos. Para a montagem do grupo, ainda haverá o chamado "draft de expansão", quando todos os outros times da liga são obrigados a colocar alguns jogadores à disposição para que a nova equipe se reforce, o que regula o nível da competição.
Dos 27 times da MLS, 24 estão nos Estados Unidos, e os outro três ficam no Canadá — CF Montréal, Toronto FC e Vancouver Whitecaps. Já há a previsão de aumento para 30 times: além do Charlotte FC, que começará a jogar ano que vem, o Sacramento Republic FC e o St. Louis City SC entram em 2023. Existe a possibilidade de aumento para 32 times durante a década.
Para ingressar na liga, David Tepper pagou uma taxa de US$ 325 milhões à MLS — como a fatia dos lucros é dividida entre um membro a mais, o novo integrante precisa "ressarcir" os novos sócios. Tepper ainda contou com um financiamento público da cidade de Charlotte de US$ 110 milhões para fazer reformas no estádio do Panthers, que também servirá para os jogos de futebol.