A página da história de Diego Aguirre no Inter foi virada mais uma vez. Com saída do treinador uruguaio nesta quarta-feira (15), a direção colorada foca na busca de um novo profissional para comandar o time na próxima temporada. Seja quem for contratado, será o quarto profissional para a função da gestão do presidente Alessandro Barcellos.
Quando assumiu como mandatário, Abel Braga estava à frente do time nas últimas rodadas do Brasileirão 2020. Com o término da temporada, a direção apostou em Miguel Ángel Ramírez. O insucesso do espanhol fez a direção trazer Aguirre.
A tendência é a busca por um treinador que tenha um estilo mais ofensivo do apresentado pelo uruguaio. Não necessariamente um técnico que monte equipes com muita posse de bola, mas que tenha times intensos. Dentro deste perfil, GZH apresenta cinco técnicos que podem chegar ao Beira-Rio.
Eduardo Domínguez
Vencer o Campeonato Argentino sem estar à frente de um dos grandes clubes do país é uma proeza. Ela foi alcançada por Eduardo Domínguez, técnico do Colón, campeão nacional em 2021. Aos 43 anos, Domínguez ainda tem uma carreira incipiente. Começou no Huracán em 2015. Depois, passou pelo Colón e o Nacional-URU até retornar ao clube de Santa Fé.
Em seus seis anos de carreira, utilizou dois esquemas táticos como base do seu trabalho. Na maior parte do tempo, adotou o 4-4-2, com meio-campo, em losango. Este ano, passou a jogar no 3-5-2. Independentemente da formação, seus times mostram uma marcação alta e o centro do campo bastante povoado.
Sebastián Beccacece
Ganhou notoriedade como assistente técnico de Jorge Sampaoli na seleção do Chile e, depois, na Argentina. Em carreira solo, Sebastián Beccacece ainda não consolidou o seu trabalho.
Aos 40 anos, tem passagem por Universidad de Chile, Independiente e Racing. Está em sua terceira passagem pelo Defensa y Justicia. Na Libertadores 2021 foi eliminado pelo Flamengo nas oitavas de final. Ainda não tem títulos em seu currículo. Quando a bola rola, seus times podem jogar tanto no 4-4-2 quanto no 3-5-2. A marcação é alta e o índice de posse de bola sempre é elevado.
Hernán Crespo
Um dos grandes centroavantes da história do futebol argentino, Crespo tem uma formação europeia. Iniciou a carreira como técnico nas categorias de base do Parma. Passou pelo Modena até voltar para a Argentina. Comandou o Banfield e ganhou destaque no Defensa y Justicia, onde venceu a Copa Sul-Americana de 2020.
O resultado atraiu os olhares do São Paulo. Em março chegou ao Morumbi. Montou um time intenso, que colheu bons resultados no começo da temporada. Fez uma boa campanha na fase de grupos da Libertadores e ergueu a taça de campeão paulista. Mas para a sequência do ano faltaram pernas para o time. O Tricolor paulista ficou todo o Brasileirão rondando a zona de rebaixamento.
Roger Machado
O grande trabalho de Roger Machado ainda é do seu início de carreira, quando surgiu para o cenário nacional no Grêmio. Na sequência, passou por Atlético-MG, Palmeiras, Bahia e este ano trabalhou no Fluminense.
Com o passar do tempo, o estilo de seus times foram mudando. Saiu o toque de bola e apareceu um futebol mais vertical. Embora elogiado, ainda falta um grande título no currículo.
Alexander Medina
Atual técnico do Talleres, que foi vice-campeão da Copa Argentina e terminou o Campeonato Argentino em terceiro lugar, a oito pontos do campeão River Plate. Pela boa campanha no clube de Córdoba, chegou a ser apontado como possível substituto de Marcelo Gallardo, quando o treinador acenou com sua saída do River. Assim como Aguirre, Alexander Medina foi entrevistado pela Associação Uruguaia de Futebol como um dos candidatos a assumir a Celeste, mas também foi preterido.