Quem ainda tinha dúvidas sobre a qualidade do trabalho que Eduardo Coudet realiza no Inter deve ter repensado muita coisa depois do empate em 1 a 1 contra o Palmeiras. Uma das formas mais claras de ver o resultado disso é o aproveitamento dos jovens jogadores.
A atuação do garoto Johnny surpreendeu muita gente, e há motivos de sobra pra isso. Ele teve o melhor índice de passes certos da partida e mostrou personalidade e tranquilidade dignas de um veterano. Ainda mais jogando em uma posição que exige muito, como é a primeira função do meio campo. Tudo passou por ele. E, na absoluta maioria das vezes, deu certo.
Mas precisamos ter calma com Johnny, pois se trata de um garoto. Assim como Zé Gabriel — sobre quem escrevi algo semelhante, dia desses —, Praxedes, Matheus Jussa e todos os demais que estão sendo lançados por Coudet. Erros acontecerão, e a torcida precisa entender isso. Não podemos desperdiçar talentos como os que estão surgindo, sacrificando-os após alguma infelicidade.
Diferentes pesos na análise do VAR
Foi impressionante a diferença com que os programas esportivos do centro do país trataram os lances polêmicos dos últimos jogos do Internacional. Depois da vitória sobre o Botafogo, debates intermináveis sobre o gol legitimamente anulado dos cariocas.
Já nas repercussões do empate com o Palmeiras, silêncio completo sobre o lance em que a bola que deu toda a impressão de ter cruzado a linha após cobrança de Boschilia. Estamos de olho.